Os partidos do centrão ameaçaram e cumpriram. Na primeira votação importante na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se uniram para inverter a pauta e mandar um recado ao governo. PP, PR, PTB, PSD e parte do MDB votaram para começar os trabalhos pelo projeto do orçamento impositivo, derrotando a posição governista. Das bancadas com forte representação na comissão, PSL, PSDB e Novo priorizaram o relatório da reforma da Previdência. Essa tática de guerrilha do Centrão serve de aviso ao Planalto. Ainda há um longo caminho para a reforma e a etapa mais difícil ainda vai chegar: os debates na comissão especial. Para o governo, qualquer atraso é prejuízo.
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Chantagem
Contra o projeto do orçamento impositivo, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) provocou uma revolta na CCJ ao dizer que as emendas serão utilizadas para fazer chantagem junto as bases. Para ele, os municípios precisam ter autonomia para gerenciar os recursos. Furioso, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) exigiu até retratação.
Censura
Foi um tiro no pé do STF a decisão do ministro Alexandre de Moraes, de proibir a circulação de reportagem contra o presidente da Suprema Corte, Dias Toffoli. Além de inexplicável censura, alimenta o ânimo de quem defende uma CPI do Judiciário. Entre aqueles que querem investigar as mazelas da Justiça, existem parlamentares com posições republicanas. Mas também há grupos com pouco apreço pela democracia. Momento complicado.
Fortes emoções
O advogado de João Rodrigues (PSD) desembarca nesta terça-feira (16) em Brasília para tratar dos próximos passos no processo da retomada da elegibilidade do catarinense. Marlon Bertol acreditava que o TRE iria promover a diplomação de Rodrigues, mas esse não é o entendimento do Tribunal. A briga permanece em Brasília. Em conversa com a coluna, Rodrigues reconheceu que tem coração forte.
Carne assada
No churrasco de domingo no Clube do Congresso, ministros, deputados e aliados de Jair Bolsonaro ligados à bancada ruralista comemoravam a decisão do presidente de promover uma intervenção no preço do diesel. Tereza Cristina (Agricultura), Osmar Terra (Cidadania), Jorginho Mello (PR-SC), Ronaldo Nogueira (Funasa) estavam no almoço. O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) era o assador. O ministro Paulo Guedes (Economia) não foi.
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