Fiador do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, saiu insatisfeito da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terminou de maneira lamentável, com ofensas e bate-boca:
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– Terminou de forma muito ruim – comentou com um deputado aliado, enquanto era escoltado pelos seguranças da Câmara.
Caiu a ficha
Ao contrário do que simpatizantes aloprados disseminaram nas redes sociais, Guedes tem consciência de que precisa de apoio e de votos na Câmara para aprovar a reforma. O clima de terra arrasada só interessa à oposição e a quem não quer aprovar a reforma da Previdência. As provocações já eram esperadas, mas Zeca Dirceu (PT-PR) passou dos limites e faltou com o respeito ao chamar o convidado de tigrão ou tchuchuca. Foi baixo. Os governistas também erraram. Guedes não contou com eles para defendê-lo. Por isso as reuniões do presidente Jair Bolsonaro com os presidentes dos partidos são tão importantes. O governo precisa urgente de uma base de apoio com um mínimo de organização e comprometimento. Ninguém saiu do Palácio, ontem, jurando amor eterno. Mas já foi um começo.
Jogada ensaiada
Não houve surpresa na decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, de adiar o julgamento sobre prisão após condenação em segunda instância. Sob ataques, o Supremo quer ficar distante de temas polêmicos e que dividem o plenário. O pedido de alteração da data, encaminhado pela OAB Nacional no início da semana, foi mais do que conveniente.
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Comparações
Vice-líder do governo, Darcísio Perondi (MDB) saiu de reunião com investidores estrangeiros, reclamando que identifica no mercado e na imprensa a mesma pressa com relação à votação da Previdência na época do governo Temer. O presidente emedebista, no entanto, não conseguiu aprovar as mudanças nas aposentadorias porque queimou capital político para enterrar duas denúncias. No caso atual, o problema é outro. O governo completa cem dias e ainda não consolidou a base de apoio.
Nas redes
O ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, resolveu entrar nas redes sociais. Ontem ele criou sua conta no Twitter e em oito horas já tinha conseguido 250 mil seguidores. Para provar que a conta era dele mesmo, tirou uma foto com um calendário e publicou com a mensagem “Provando que esse twitter é meu mesmo (o que é um pouco inusitado)”. O twitter do ministro é @SF_Moro