A prefeitura de Balneário Camboriú agendou uma audiência na sede da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), em Florianópolis, para tentar chegar a um acordo sobre uma multa de R$ 433 mil aplicada pelo órgão federal sobre o município por falta de documentação na Passarela da Barra, ponto turístico que liga a Barra Sul ao bairro histórico da Barra, sobre o Rio Camboriú.
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A multa foi aplicada em dezembro de 2024, após reiteradas notificações da SPU ao município. A Passarela da Barra foi inaugurada em 2016.
A autuação foi suspensa temporariamente pela Justiça Federal, atendendo a um pedido do município – mas a União pode recorrer. Entre a documentação que o município nunca providenciou estão certidões e licenças obrigatórias para obras em áreas de Marinha.
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O secretário de Planejamento, Carlos Humberto Silva, disse que a intenção da prefeitura é discutir com a SPU o que pode ser feito para evitar a pendência judicial e a autuação, que pode ter o valor ampliado se for desbloqueada pela Justiça.
Passarela da Barra:
A Passarela da Barra custou R$ 30 milhões e foi entregue com dois anos de atraso, após a obra ter sido envolvida em suspeita de corrupção. A estrutura tem 190 metros de uma ponta a outra e 57 metros de vão livre – o equivalente a um prédio de 22 andares. Para subir, há escadas e elevador.
A altura levou em conta a necessidade de deixar espaço aberto para a passagem de embarcações. Lá em cima, a vista é de encher os olhos e revela o contraste entre a orla cercada por arranha-céus e o bucólico bairro da Barra, onde a cidade nasceu. A região é lar de construções históricas como a igreja de Santo Amaro, construída em 1810.
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A Secretaria de Turismo iniciou um estudo de concessão para a Passarela da Barra à iniciativa privada. Segundo o secretário Evandro Neiva, a ideia é manter a travessia pública e gratuita, mas inserir equipamentos turísticos como restaurantes para aumentar o potencial da atração.