A casa no Bairro São João, em Itajaí, onde a Polícia Federal encontrou cerca de uma tonelada de cocaína na sexta-feira, exalava o cheiro da droga, segundo a polícia. O odor, que podia ser sentido do lado de fora, segundo o delegado Alex Biegas, chefe da delegacia da PF em Itajaí e responsável pelo caso, fez com que a polícia identificasse que havia uma grande quantidade de cocaína no local, mesmo antes de entrar.
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_ A quantidade era tão grande que o odor na frente da casa era característico de cocaína _ disse, em entrevista à NSC TV.
A polícia também percebeu o descarte de rolos de PVC no lixo, que estavam sendo usados para embalar a droga. O carregamento estava dentro de bolsas esportivas de viagem. O volume e o tipo de acondicionamento levam a PF a suspeitar de que a cocaína seria enviada ao exterior, provavelmente de navio.
_ O provável destino era a Europa _ afirmou o delegado
As informações sobre o caso vieram da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul. A casa havia sido alugada há cerca de 15 dias.
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A operação foi autorizada pela Justiça Federal. Quando a polícia chegou, encontrou no local quatro adultos e duas crianças. Três dos adultos foram presos, e levados à delegacia da PF em Itajaí. Segundo o delegado, eles poderão responder por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.
A polícia recolheu, no local, R$ 150 mil em dinheiro, celulares e computadores, que passarão por perícia e poderão indicar novos caminhos à investigação.
A forma de armazenagem é semelhante a um carregamento de 370 quilos de cocaína que foi interceptado em 2016, no porto de Navegantes. Em julho, a PF e a Receita Federal apreenderam uma tonelada de tabletes de cocaína no Porto de Santos, também acondicionada em bolsas esportivas de viagem.
O delegado disse que ainda é cedo para estabelecer se há relação entre esse carregamento e outros descobertos anteriormente, ou para dizer se o grupo já atuava nos portos catarinenses.
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