A movimentação de cargas nos portos de Santa Catarina ainda não foi impactada pela epidemia de coronavírus. Mas a tendência é que o reflexo seja sentido nas próximas semanas. Rogério Marin, presidente do Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado de Santa Catarina (Sinditrade) acredita que o volume de negócios deve reduzir até 5% – o que é muito quando se fala em uma cadeia de serviços mundial.

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Por enquanto, a situação econômica causada pelo vírus é vista por especialistas no exterior como imprevisível. Os fretes, segundo Marin, já começaram a subir de preço. E isso terá reflexos no custo de diversos produtos ao consumidor final.

O comércio exterior está retraído e há menos navios navegando – o que torna o espaço para os contêineres mais disputado, e por isso mais caro. A redução no número de navios ocorre não só porque o mercado desaqueceu, mas também porque, segundo o presidente do Sinditrade, vários portos da China estão com menos gente trabalhando, e isso reduz a velocidade de movimentação das cargas. O que atrasa as viagens e provoca a reação em cadeia.

Agronegócio

O efeito positivo dessa crise provocada pelo coronavírus para a economia é que, no Brasil, o dólar alto aumenta a competitividade do agronegócio no exterior. E a China, devido aos problemas que enfrenta com a doença, deve precisar aumentar a importação de alimentos brasileiros.

A maior demanda de importação promete trazer ganho aos produtores. Mas, em contrapartida, promete elevar o preço de alimentos, como a carne, no mercado interno brasileiro.

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