O último balão de ensaio promovido pelo PL para alimentar a sanha golpista não poupou a eleição de Jorginho Mello (PL), que teve uma vitória maiúscula no segundo turno em Santa Catarina. Ao questionar os votos das urnas mais antigas com um argumento que não encontra eco na realidade, o partido colocou em xeque a votação do governador que elegeu no Estado.
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Jorginho teve a maior vitória em percentual de votos entre todos os candidatos que disputaram o segundo turno no país, com 70,69%, e um recorde de votos em SC: 2.983.949 no total. Também foi o único governador eleito com chapa pura no país, e o que teve o menor tempo de TV no primeiro turno, com 43 segundos. O PL não colocou esses dados na conta na hora de questionar, de forma irresponsável, o resultado do segundo turno em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Os testes de auditabilidade das urnas são feitos por sorteio, e não levam em conta o ano de fabricação. Por isso o argumento do PL, de que as urnas mais antigas não são auditáveis, não faz nenhum sentido. E o partido sabe disso.
Em Santa Catarina foram usadas 16.242 urnas. E apenas 6.680 eram do modelo mais recente. Pela lógica do PL, todas as outras 9.562 urnas teriam que ter os votos anulados. Mas só no segundo turno, de acordo com o desejo do partido. O ministro Alexandre de Moraes foi rápido em responder que, se o PL está apontando problemas, precisa considerar que as mesmas urnas foram usadas no primeiro turno. O que colocaria em dúvida, só em SC, a eleição de um senador, 11 deputados estaduais e seis deputados federais.
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O partido, que está longe de ser um novato em eleições, sabe que está fazendo um questionamento sem nenhum sentido e aceitou trair a democracia para agradar ao bolsonarismo.
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