O governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) entregou nesta sexta-feira ao prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PSB), a licença ambiental prévia para as obras de alargamento do faixa de areia da Praia Central. A solenidade contou com a presença do ministro do Turismo, Vinícius Lummertz, e autoriza a prefeitura a dar sequência ao processo. A intenção é que a obra fique pronta para o próximo verão.

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O documento foi emitido no início do mês pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), antiga Fatma. O presidente do órgão ambienta, Alexandre Waltrick Rates, comentou que o processo já estava em análise há dois anos, e foi um trabalho inédito devido à complexidade. A liberação, agora, deve abrir espaço para outras cidades que também tenham intenção de alargar a faixa de areia.

Para liberar a licença, a Comissão de Licenciamento Ambiental avaliou documentação, audiência pública e estudo ambiental, aspectos técnicos dos meios físico, biótico e socioeconômico, e aspectos jurídicos. A Fatma informou que levou em conta a sombra que se estende hoje sobre a faixa de areia, a falta de espaços públicos de lazer na cidade, e a importância da Praia Central para o desenvolvimento turístico de Balneário Camboriú. ​

A viabilização da empreitada ainda dependerá da licença ambiental de instalação e da licença ambiental de operação. O próximo passo será obter financiamento para o projeto, estimado em R$ 105 milhões.

No encontro, o ministro do Turismo afirmou que nesta segunda-feira o financiamento da obra será discutido em Brasília. Segundo ele, o governo federal vai apoiar o alargamento da praia por meio do Prodetur + Turismo, linha de crédito do Ministério em parceria com o BNDES.

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Saiba como será feita a obra:

O engordamento será feito por aterro hidráulico. Uma draga vai retirar a areia da jazida, e o material será levado até a faixa de areia por tubulação. Máquinas vão “empurrar” a areia em direção ao mar e fazer o nivelamento. O alargamento deverá se dar em etapas, do Pontal Norte até a Barra Sul.

O projeto custou pouco mais de R$ 600 mil e foi feito pela empresa Alleanza, de Joinville. O documento, financiado e produzido pela iniciativa privada por meio do Instituto +BC, foi doado à prefeitura para que viabilize a obra.Os cálculos matemáticos do aterro ficaram a cargo da dinamarquesa DHI. Embora a obra seja trabalhosa, o prazo de conclusão é rápido: de quatro a seis meses, segundo o prefeito Fabrício Oliveira (PSB)