O navio Maersk Lamanai, carregado de contêineres, fez nesta sexta-feira (11) a primeira atracação na área privada do Porto de Itajaí após um ano e 10 meses de paralisação. A chegada da embarcação marcou o início oficial da JBS Terminais, que assumiu o contrato de concessão temporária do porto em maio.

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A retomada ocorre após a publicação, em diário oficial, do alfandegamento da área arrendada pela Receita Federal. O processo levou cinco meses e exigiu investimentos de US$ 30 milhões pela JBS/Seara.

A primeira atracação no cais privado movimentou cargas reefer, contêineres refrigerados, que levam o “filé” da movimentação portuária de SC para exportação – aves e suínos que são enviados para os principais mercados consumidores no mundo.

A JBS prevê movimentação de 58 mil TEUs por mês – medida que corresponde a contêineres de 20 pés. É mais do que a meta contratual, etipulada em 44 mil TEUs

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Receita Federal autoriza reabertura do Porto de Itajaí para contêineres

– Estamos dando início a um novo ciclo de desenvolvimento, não apenas para a nossa empresa, mas para toda a região de Itajaí. Este é um projeto que vai além das nossas operações, pois seu impacto será sentido na geração de empregos e na dinamização da economia local, reforçando o papel de Itajaí como um dos grandes centros portuários do Brasil. É um momento de grande orgulho para todos nós – afirmou o Diretor Executivo da JBS Terminais, Aristides Russi Junior.

As operações da JBS já vinham ocorrendo desde 7 de julho, mas com atracações na chamada área pública – os dois berços de atracação em que é operada carga geral, como bobinas e veículos. A retomada da utilização da área privada significa um novo impulso para o porto, que terá cinco linhas de navegação em operação.

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O Porto de Itajaí deixou de receber contêineres desde o fim do contrato de arrendamento com a APM Terminals, em dezembro de 2022. O governo federal tinha o compromisso de abrir concorrência para um novo contrato, mas o processo não ocorreu a tempo.

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Desde então, foram buscadas medidas paliativas, com um contrato provisório. Após tentativas frustradas, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) tomou frente da situação – o edital, no entanto, foi vencido pela empresa Mada Araújo, que não tinha experiência no setor e não conseguiu caminhar com o processo de reabertura.

A partir de maio, as operações da Mada Araújo foram adquiridas pela JBS, que passou a trabalhar pelo alfandegamento.

O governo federal trabalha no edital de uma concessão definitiva para o Porto de Itajaí, por um período de 30 anos. Ainda não há data para o lançamento da concorrência ao mercado.

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