A Fundação do Meio Ambiente de Camboriú (Fucam) enviou para análise amostras retiradas em um terreno onde foram recolhidos, na quarta-feira, 300 pássaros silvestres mortos. As suspeitas é de que eles tenham sido envenenados. Se confirmado o crime ambiental, a multa para o responsável pode chegar a até R$ 50 milhões.
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Os técnicos da Fucam ainda fazem o reconhecimento das espécies. Mas pelo menos um dos pássaros seria de uma espécie ameaçada de extinção, o que pode agravar a autuação. Segundo a presidente da Fundação, Liara Schetinger, a primeira hipótese levantada é de que o envenenamento tenha sido proposital, para que os pássaros não se aproximassem de uma arrozeira que fica próxima.
Os agricultores estão em fase de plantio do arroz, e os pássaros costumam causar prejuízos comendo as sementes. Se for confirmada a suspeita de crime ambiental para obter vantagem financeira, a autuação também é agravada.
A hipótese foi levantada porque os pássaros mortos estavam em um raio de até 500 metros de um pequeno monte de arroz. Mas não se descartam outras causas, que poderão ser esclarecidas com os exames laboratoriais.
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A Fucam descobriu a mortandade durante uma medição de terras para implantação do Parque Linear inundável. Os técnicos estavam acompanhados da Polícia Militar, porque havia resistência por parte dos proprietários de alguns terrenos. Os policiais acompanharam toda a operação de mapeamento e retirada das carcaças. O dono e o arrendatário do terreno já foram identificados, mas ninguém foi preso.
