Quando colocadas em gráfico, as apreensões de drogas no Complexo Portuário do Itajaí-Açú, que integra os portos de Itajaí e Navegantes, fazem dois movimentos bruscos nos últimos anos. O primeiro é de queda, entre 2017 e 2018, quando os carregamentos de cocaína interceptados baixaram repentinamente. O segundo é de alta, registrada estre ano – e uma alta acelerada, com apreensões em volume recorde. A última delas nesta sexta-feira, com 392 quilos.

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arte (Foto: NSC)

Para a Polícia Federal, a leitura dos números indica que as operações Oceano Branco e Contentor, deflagradas simultaneamente em 2017 no Estado, conseguiram atingir em cheio os principais grupos responsáveis pelo envio de drogas ao exterior em SC, por meio dos portos. E, pelo menos por um período, foram capazes de conter a escalada do tráfico internacional. A retomada, em 2019, aponta que outras quadrilhas assumiram o posto. O desafio, para a polícia e a Receita Federal, é se antecipar aos criminosos.

Historicamente, o tráfico marítimo se concentra, no Estado, nos portos de Itajaí e Navegantes. E a explicação está no volume de cargas: para a polícia, criminosos buscam portos movimentados para tentar burlar a fiscalização. O Complexo Portuário responde pela segunda maior movimentação de contêineres do país.

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