A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagrou nesta terça-feira a Operação Sutura, que tem como alvo o desvio de recursos públicos na área da saúde, nas cidades de Penha e Itapema. De acordo com a Polícia Civil, o esquema utilizava uma organização social (OS).
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Há policiais cumprindo mandados de busca e apreensão no Hospital Nossa Senhora da Penha, em Penha, nas secretarias da Fazenda e de Compras e Licitações da prefeitura de Penha, na Secretaria de Saúde de Itapema, e num edifício empresarial em Balneário Camboriú. Além das três cidades, há mandados de prisão e de busca sendo cumpridos em Balneário Piçarras, Joinville, Garuva e Timbó.
A Deic ainda não divulgou detalhes sobre as investigações, que estão sob a responsabilidade da Divisão de Combate à Crimes Contra o Patrimônio Público (DCCPP/Deic) e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD/Deic), com apoio do Ministério Público de Contas e do Ministério Público Estadual da Comarca de Penha.
O prefeito de Penha, Aquiles da Costa (PMDB), afirmou que os documentos recolhidos pelos policiais na prefeitura dizem respeito a um contrato firmado na gestão anterior com o Instituto Adonhiran, que tratava do fornecimento de consultas com especialistas para a rede municipal de saúde. O contrato não está mais vigente. Ele disse que a prefeitura está à disposição para contribuir com as investigações.
Em Itapema, a prefeitura informou que as buscas se concentraram em documentos referentes ao contrato com o Instituto Adonhiran para administração do Hospital Santo Antônio, entre 2013 e 2016. Em nota, afirma que "todos os documentos, bem como o acompanhamento as diligências foram prestadas de maneira a colaborar com os trabalhos da Polícia Civil. Vale ressaltar que no início de 2017 o contrato com o Instituto Adonhiran já havia sido rescindido pela atual gestão".
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Na sede do Instituto Adonhiran, em Penha, ninguém atendeu as ligações nesta manhã. A coluna entrou em contato com o Hospital Nossa Senhora de Penha, que pertence à entidade. A atendente, que, não quis se identificar, afirmou que o responsável pelo Instituto Adoniran não estava disponível e que não havia nada a falar sobre a operação.