O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um aceno à oposição aproveitando a presença da prefeita de Rancho Queimado, Cleci Veronezi (PL), no anúncio da seleção dos municípios contemplados em nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, em Brasília. A solenidade ocorreu na quarta-feira (10), mas a fala ganhou repercussão ao longo desta quinta.

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A prefeita, que integra o PL de Bolsonaro e do governador Jorginho Mello, foi chamada a falar pelo cerimonial do governo federal. Quando chegou a vez de seu discurso, Lula fez um cumprimento dirigido especialmente à catarinense e disse que o governo federal “não discrimina” prefeitos e governadores de oposição.

“Quero cumprimentar a companheira prefeita de Rancho Queimado, Santa Catarina. Querida prefeita, é muito difícil ser republicano. A gente arruma muito problema na própria base. Quando você resolve ser republicano e garantir que todos os prefeitos e prefeitas e todos os governadores têm o mesmo direito, que não há discriminação entre ninguém, você às vezes paga um preço com as pessoas que acham que você tem que cuidar só dos seus”.

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Lula disse, ainda, que amigos são para “chamar para o aniversário”, e não para priorizar na distribuição de políticas públicas.

“Nossa prefeita que fez uso da palavra aqui é companheira do PL, que é um partido de oposição do governo. E na hora de fazer política pública a gente não escolhe amigo. Isso aqui não é um clube de amigos. Se a gente quiser valorizar a ideia da convivência democrática na diversidade, a gente precisa aprender a tratar todos em igualdade de condições”.

Os acenos de Lula à oposição não são recentes – o presidente costuma fazer gestos, por exemplo, ao governador de São Pauo, Tarcisio Freitas. Mas Lula tem vivido um momento especialmente ameno no trato com os opositores nas últimas semanas. A ordem é tentar acalmar os ânimos.

Apesar disso, o presidente não poupou Bolsonaro de críticas: citou o programa habitacional do governo anterior, chamado de Casa Verde Amarela, e disse que foi uma “mentira”.

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