A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (4), num apartamento de alto padrão em Balneário Camboriú, um homem de 32 anos que seria membro de uma das maiores facções criminosas do país. Segundo a polícia, ele é suspeito de comandar parte do tráfico de drogas na região da fronteira com o Paraguai. Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

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De acordo com o delegado Thiago Giavarotti, a polícia já monitorava o homem em Balneário Camboriú há algum tempo, desde que surgiram as suspeitas de que estivesse em SC com a família. Ele alugava, desde novembro, dois apartamentos de alto padrão — um deles na Avenida Atlântica, onde foi encontrado nesta segunda.

A prisão teve apoio do setor de inteligência da Polícia Militar. O homem estava sozinho em casa e não ofereceu resistência. Com ele não foram localizadas armas nem drogas, mas cerca de US$ 100 mil em dinheiro. O valor é aproximado porque a PF ainda não havia concluído a contagem até a publicação desta matéria.

Transferência em sigilo

O preso não ficará em Santa Catarina. Será transferido em seguida, para uma prisão mantida em sigilo pela PF. O local para onde ele foi levado temporariamente, até que saia a transferência, também não foi divulgado por segurança.

Segundo informações da PF, o preso tem um esquema de segurança "diferenciado". Além do Brasil, era procurado pela polícia paraguaia por meio da Secretaría Nacional Antidrogas (Senad).

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Disputa entre facções

O controle do tráfico no país vizinho é causa de uma violenta disputa entre as duas maiores facções criminosas brasileiras. Em dezembro, a polícia teria descoberto que havia planos de um suposto ataque de rivais contra o homem detido nesta segunda em Balneário Camboriú — o que poderia explicar por que ele procurou refúgio em Santa Catarina.

Como os mandados de prisão são de outros Estados, a PF não tomou depoimento em SC.

Contraponto

O advogado César Castellucci Lima, que representa o preso, afirmou que seu cliente "não pertence a organização criminosa e não comanda, nem mesmo parcialmente, o tráfico de drogas, em qualquer lugar que seja".

O advogado afirma, ainda, que ele não estava com a família e não ofereceu resistência. Quanto aos mandados de prisão, a defesa informou que se trata de "fatos passados".

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