Os primeiros debates promovidos pela NSC, em Florianópolis, Blumenau e Joinville, deram o tom da largada da campanha eleitoral nas três maiores cidades de Santa Catarina. Embora nacionalmente o momento indique tendência de polarização e acirramento, em cada uma delas a disputa se mostra diferente e peculiar.

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A discussão é mais pesada na Capital, onde o prefeito Topázio Neto (PSD) fará sua estreia encabeçando chapa com o apoio do PL. As características da campanha em Florianópolis apontam para o que é praxe nesse tipo de disputa, com os adversários procurando e atacando os flancos da administração atual. O tom é belicoso, e deve se manter acirrado.

A exceção é o deputado Marquito, que concorre pelo PSOL, e que tem adotado um discurso mais conciliador em relação à atual administração. A coluna apurou que, por trás dessa estratégia, estaria a atuação de bastidores do marqueteiro de Topázio, Fábio Veiga, que tem feito uma colaboração informal com a campanha de esquerda.

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Em Blumenau, chamou atenção a busca do candidato do PL, Delegado Egídio, por nacionalizar a disputa. Ele procurou fazer referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL) logo em sua primeira interação no debate – e voltou a apelar à polarização ao perguntar à candidata Ana Paula Lima (PT) sobre a cartilha do Partido dos Trabalhadores sobre políticas públicas para presidiários.

A estratégia de Egídio tem duas razões. Herdeiro da atual administração, do prefeito Mario Hildebrandt (PL), o candidato é o alvo natural das críticas dos demais, e usa a polarização como uma espécie de escudo. Ao nacionalizar o discurso, coloca-se como o candidato bolsonarista e afasta o assunto do âmbito local.

Em Joinville, os adversários pouparam o prefeito Adriano Silva (Novo) de críticas contundentes, o que não é comum nesse tipo de debate. A estratégia dos candidatos de oposição está ligada ao fato de que o governo de Adriano é bem avaliado. Nesses casos, os adversários preferem segurar munição de olho no segundo turno.

Outro ponto que chamou atenção foi Sargento Lima ter se consagrado como escudo de Jorginho Mello (PL). O candidato usou o espaço, mais de uma vez, para sair em defesa do governador durante o debate. O responsável por estadualizar a eleição foi Carlito Mers (PT), que “cutucou” o adversário.

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Em contrapartida, Lima surpreendeu por ter deixado de usar seu principal trunfo no debate: o “selo Bolsonaro”, de candidato do PL, foi usado apenas nas considerações finais.