O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, confirmou nesta quarta-feira o envio de R$ 80 milhões para a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Navegantes. Segundo ele, o recurso virá de nova etapa do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
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A obra, no entanto, deverá iniciar no ano que vem, no governo Jair Bolsonaro (PSL). Marun comentou que “viu a situação de Navegantes e percebeu que o terminal está precisando” da ampliação. O ministro desceu no terminal para visitar as obras do Centro de Eventos de Balneário Camboriú e do Centro de Educação Integral Leonel de Moura Brizola, em Bombinhas, que fazem parte do programa de obras prioritárias do governo Temer.
Marun garante que o próximo governo dará sequência ao projeto de Navegantes.
Entrevista: Carlos Marun
Já há recursos para essa obra?
O recurso nós vamos deixar destinado a partir da inclusão no PAC. O edital de licitação já foi publicado, a abertura de propostas vai acontecer no dia 15 de janeiro. A partir daí, em 60 a 90 dias, começa a revitalização do Aeroporto de Navegantes, que é absolutamente necessária. O aeroporto não se encontra à altura do dinamismo, do potencial atrativo dessa região. Por isso o presidente Temer decidiu priorizar (a obra), mesmo nesse final de governo.
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Mas a licitação sairá antes do recurso?
É dessa forma que acontece, para que seja incluído no PAC o empreendimento tem que estar em condições de ser contratado. Fizemos uma reserva estimativa de R$ 80 milhões, já publicamos o edital de licitação e nos próximos dias, talvez na ultima reunião do comitê do PAC desse ano, serão incluídos esse e o Aeroporto de Campo Grande (MT).
Por que essas obras não entraram no programa Chave de Ouro?
Não entraram porque no momento que definimos a lista tínhamos uma série de duvidas em relação à contratação. Já podemos contratar essa obra. Serão contratadas no ano que vem. Não foram incluídas no programa Chave de Ouro, mas é uma decisão do presidente Temer que isso resulte definido ainda neste governo.
Há garantias de que o novo governo dará sequência aos projetos?
O novo governo tem a convicção de que a mudança de governo não pode parar o país. Onde deixarmos recursos reservados, alocados, o novo governo, essa é a sinalização que temos, dará andamento a esses trabalhos. Principalmente de investimento, como esse que é obviamente necessário e vem de encontro ao crescimento do turismo que pretendemos ter nessa região, inclusive com a inauguração do Centro de Convenções (de Balneário Camboriú).
Há outro recurso de R$ 150 milhões que foi assinado pelo Ministério dos Transportes, para a ampliação da pista, que até hoje não veio. O senhor tem informações sobre isso?
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Não, estou trabalhando agora com recursos mais realistas, com um investimento que muito melhorará e esta adequado às condições financeiras da própria Infraero. Em Campo Grande também havia expectativa de uma ampliação de R$ 122 milhões. Não existe nesse momento, no Estado e na Infraero, capacidade financeira para promover um investimento dessa monta.