Um ofício enviado pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) pede à direção nacional da PRF “mudanças urgentes” na gestão da universidade corporativa, que fica em Florianópolis. O documento fala em “assédio moral”, “tratamento pejorativo”, “perseguições e punições”. Em nota, a UniPRF nega as acusações. 

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O texto do ofício diz que o pedido de providências é referendado por 26 sindicatos da categoria em todo o país após diversas denúncias contra a direção. 

O ápice do impasse ocorreu há poucas semanas em Brasília, quando os ânimos se exaltaram em uma reunião do comando local com a direção nacional de gestão de pessoas.

Em mensagem à coluna, o atual diretor da UniPRF, Fabrício Colombo, diz que tem sido alvo de represálias pelas mudanças feitas no perfil da universidade: “Fiz mudanças importantes para a PRF retomar a ser polícia cidadã e isso está incomodando os que querem outro modelo de PRF”, afirmou.

A situação em Santa Catarina se tornou uma saia-justa para o governo. Nomeado para reformular a universidade corporativa e a formação dos policiais rodoviários federais após a crise em que a corporação foi envolvida na disputa presidencial de 2022, Colombo foi indicado pela direção nacional da Polícia Rodoviária Federal e recentemente se filiou ao PT.

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Veja a nota da UniPRF: 

A Direção da Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (UniPRF) nega as informações citadas no ofício encaminhado pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF) e publicadas pela imprensa.

Desta forma, cabe ressaltar que a direção da UniPRF não promoveu, até a presente data, nenhuma remoção de servidor para unidades fora da universidade, fez apenas a realocação interna, por conta de alteração regimental, bem como não promoveu suspensão de viagens a serviço da instituição, exceto por atestados médicos apresentados pelos servidores. Além disso, não há registros de processos disciplinares relacionados aos eventos mencionados no ofício.

No período de atividade da atual gestão, apenas três dos oitenta e quatro servidores lotados na UniPRF pediram afastamento por motivo de saúde, o que representa menos de 5% de todos os policiais rodoviários federais que trabalham no local. A Direção da UniPRF está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

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