Cerca de 50 famílias estão ocupando o canteiro de obras da barragem São Roque, no Rio Canoas, em Vargem, desde terça-feira. Elas alegam que não receberam as indenizações e que a empresa não está cumprindo com os acordos feitos em reuniões anteriores. O movimento Atingidos por Barragem alega que só deve sair do local quando as negociações avançarem. Entre as principais reivindicações estão a compra de terra para reassentamento e reconhecimento dos direitos negados.
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A obra, parada há dois anos, é de responsabilidade da empresa Engevix. De acordo com os manifestantes, cerca de 700 famílias têm propriedades que foram atingidas com a construção da barragem e estão com dificuldades para receber as indenizações.
A obra da usina foi orçada em R$ 700 milhões, e 80% da construção está pronta.
Em nota, a Engevix diz que vem cumprindo programas ambientais e compromissos firmados com os atingidos. Novas realocações de pessoal devem ocorrer assim que novos recursos sejam obtidos para tal finalidade. A paralisação se deveu à necessidade de reestruturação financeira do grupo, a qual está em andamento, mantendo o projeto São Roque em carteira. A intenção é retomar as obras no prazo de três meses.
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