A entrevista coletiva de apresentação do técnico Zé Teodoro ficou marcada por um discurso que foge ao que o clube vem tentando pregar. Nas primeiras respostas, o treinador citou que está procurado jogadores, conversando com alguns deles por telefone e até tentando convencê-los que, apesar da dificuldade, é um bom negócio se transferir para o Joinville.

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Curioso é que o gerente de futebol Agnello Gonçalves sempre pregou que o processo de contratações do JEC precisa ser algo do clube, com critérios claros e estabelecidos, sem depender de ninguém. Ou seja, vai na contramão das respostas de Zé.

Questionado pela coluna sobre esta contradição, Agnello explicou que cada um respeitará a sua área. E, até aquele momento, Zé Teodoro não teve tempo para discutir as contratações com o departamento de futebol e o restante da diretoria.

– Não deu tempo para ele conhecer o CT, a nossa ideia a respeito de contratações, nem mesmo sentou com o diretor financeiro para discutir o orçamento previsto para o Estadual – explicou Agnello.

Agnello ainda afirmou que a ideia de contratações de Zé Teodoro se assemelha ao que pensa o departamento de futebol do Joinville e que o trabalho ocorrerá num consenso entre ele, o treinador e o superintendente Adilson Fernandes. De qualquer forma, soa estranho a chegada de um técnico que use nas primeiras palavras um discurso tão diferente do que prega Agnello Gonçalves.

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No atual cenário financeiro do JEC, não há espaço para mudanças drásticas no meio da temporada. Ou seja, caberá ao departamento de futebol ter o controle destas contratações (para que elas não estejam apenas atreladas aos pedidos de Zé Teodoro, afinal, vêm aí 15 atletas) ou torcer para que o conhecimento do treinador funcione em campo. Se nada disso ocorrer e o Joinville não for bem-sucedido no Estadual, o Tricolor não terá resultados e se afundará ainda mais financeiramente.