Obras em ruas de Blumenau estão há mais de um ano atrasadas por falta de mão de obra. Engenheiro Udo Deeke, Bahia e Frederico Jensen, por exemplo, andam a passo de tartaruga porque as empreiteiras não encontram trabalhadores em número suficiente. O problema é mais grave na construção de calçadas.
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Mau tempo, disparada nos preços da construção civil e problemas pontuais nos canteiros de obras também atrapalham, mas nada impacta tanto os cronogramas quanto a escassez de braços para o trabalho, diz o secretário de Obras de Blumenau, Michael Maiochi. Como são muitas frentes na cidade e nos municípios vizinhos, há disputa por funcionários.
— Já vi o mesmo calceteiro em três obras diferentes — observa Maiochi.
Na rotina de uma obra como essas, meios-fios e passeios com pavers são construídos primeiro, de forma manual, para depois passarem as máquinas com o asfalto. Uma vez que a fase inicial não anda, quase tudo fica parado.
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Na Itoupavazinha, a empreiteira resolveu trazer trabalhadores de Joinville para tocar a Frederico Jensen. A prefeitura já havia notificado mais de uma vez a empresa por atrasos. Agora, os homens vêm todo dia cedinho e voltam para o Norte do Estado no fim do dia.
Na região do Terminal do Aterro, além da mão de obra escassa, houve mudanças no projeto para alargar a Engenheiro Udo Deeke. Na Rua Bahia, a execução atrasou tanto que a prefeitura resolveu incluir duas rotatórias para fazer o trânsito fluir melhor. Nesses casos, apesar do cronograma estourado, o resultado final será melhor do que o projeto inicialmente.
Na Rua Jacob Ineichen, também na Itoupavazinha, um problema na sustentação do asfalto antigo fez a pista de veículos ceder. Cerca de 200 metros estão passando por uma recuperação profunda. É outra obra do pacote de atrasadas.
Imprevistos como esse e a dificuldade de conseguir trabalhadores tornam complicada a tarefa de prever a conclusão das obras.
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Num ano eleitoral, é bom ficar atento. Daqui em diante, a assinatura de ordens de serviço pode não significar muita coisa se faltar gente para cumprir os contratos.
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