Com a primeira fase praticamente terminada na Copa do Mundo de Clubes Fifa, os brasileiros Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras estão classificados para as oitavas de final. A primeira edição da Copa do Mundo de Clubes é um projeto audacioso e quase pessoal do atual presidente da Fifa, Gianni Infantino. E que começou com uma cartada perigosa, que está sendo realizar a competição em um país que não é do futebol como os Estados Unidos.

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A experiência na Copa do Mundo de Clubes

Estive na sede oeste acompanhando o torneio de perto e toda a movimentação nas cidades de Los Angeles e Pasadena, que recebiam os jogos dos grupos B, do Botafogo, e E do River Plate, da Argentina e do Monterrey, do México, no histórico Rose Bowl, das Olimpíadas de 1984 e da Copa do Mundo de 1994, do Tetra do Brasil. E a verdade é que americano não acompanha e não vive o futebol.

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Mesmo com um evento mundial ocorrendo na cidade, Los Angeles tinha a sua rotina normal afetada apenas pelos protestos dos imigrantes mexicanos em Downtown, que determinaram o toque de recolher no centro da cidade. O futebol trazia algum agito nos dias de jogos em Pasadena, com as modificações de trânsito nos arredores do Rose Bowl, e em alguns hotéis das duas cidades vizinhas, que recebiam brasileiros, argentinos e mexicanos.

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Os americanos organizam tudo, te recebem muito bem, fazem o espetáculo funcionar, mas a realidade é que não estavam nem aí para o futebol. E não é que não gostem ou desaprovem. O fato é que o nosso futebol, o soccer pra eles, não está no sangue, não está na cultura local. E isso não vai mudar, mesmo com todos os esforços da Fifa.

Rose Bowl, onde é impossível fugir do sol

O Rose Bowl é histórico, lindo, e até um estádio que mexe com todo brasileiro por causa do Tetra da Seleção de Romário, Bebeto e Taffarel, em 1994. Estive em dois jogos dos seis realizados lá nesta primeira fase da Copa do Mundo de Clubes. Tive a satisfação de acompanhar nas cadeiras do Rose Bowl os jogos entre PSG 4 x 0 Atlético de Madrid e Botafogo 1 x 0 PSG. O primeiro com 80 mil presentes no estádio e o segundo com 60 mil. A capacidade do Rose Bowl é 88.500.

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Foram festas do futebol bem jogado de equipes que estão no topo do esporte no mundo. Mas o que mais pega é o sol do verão em Pasadena. Não há como escapar dele no Rose Bowl, que não tem nenhuma cobertura. A partida entre entre PSG 4 x 0 Atlético de Madrid foi realizada ao meio-dia no horário local (16h no Brasil e 20h na Europa). Quem não se preveniu, como eu, saiu completamente “torrado” pelo sol forte. É uma escolha: ou desiste do jogo ou aguenta o calor e tenta se proteger de alguma forma. Fiquei até o final e saí com braços e rosto completamente queimados pelo sol forte.

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Na segunda partida, entre PSG e Botafogo, fui prevenido, com chapéu na cabeça, com protetor solar… O horário era mais ameno, às 18h locais, mas o sol estava lá e esteve lá durante toda a partida. O sol só baixou às 20h, quando o jogo terminou. Mas pude ver com mais tranquilidade a vitória do campeão da América, o Botafogo por 1 x 0 sobre o PSG, o campeão europeu. Já posso dizer que vi ao vivo o extraordinário Kvaratskhelia, da Geórgia e do PSG. Ele é fantástico com a bola nos pés.

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Foi uma maravilhosa passagem pelos Estados Unidos, com festival de futebol de Copa do Mundo para este comentarista. Ao contrário do estacionamento do Rose Bowl, que estava 60 dólares por jogo, os ingressos das partidas estavam bem acessíveis, numa média de 50-55 dólares e foram até que fáceis de comprar.

O atendimento e a recepção estavam ótimos porque os americanos, ao contrário dos europeus, te recebem muito bem. Foi uma experiência fantástica e que já dá a medida do que vai ser a Copa do Mundo do ano que vem, também nos Estados Unidos, mas com sedes ainda no México e no Canadá.

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