Carlo Ancelotti, enfim, aceitou o convite para treinar a Seleção Brasileira. Faltando apenas um ano para a Copa do Mundo, e sem que a Seleção já esteja classificada, o italiano resolveu aceitar o desafio.
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Rumo ao hexa? O que esperar de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira
O que será que ele está pensando dessa loucura toda? Dessa desorganização? Carlo Ancelotti, um treinador vitorioso, que treinou grandes e organizados clubes do futebol mundial, que ganhou tudo, encarando uma aventura na CBF de Ednaldo…
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Claro que para qualquer treinador de futebol do planeta, dirigir a Seleção Brasileira é algo especial. Mas nesse contexto? Nessa bagunça? A Seleção teve o ciclo de Copa do Mundo mais turbulento desde a Copa de 2002, quando teve Luxemburgo, Candinho, Leão e, por fim, Felipão. Agora, a Seleção teve Ramon Menezes (que absurdo!), Fernando Diniz, Dorival Júnior e agora Ancelotti.
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E você pode estar pensando que em 2002 o Brasil foi campeão e que nos outros ciclos organizados a Seleção caiu nas quartas em 2006, 2010, 2018 e 2022, e nas semifinais em 2014 ainda levamos aquele 7×1 histórico e vergonhoso, em casa. Mas dá pra entender que não é na bagunça que algo tem mais chances de dar certo.
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Na coletiva de apresentação, dia 26, gostaria de fazer essa pergunta a ele. Por que você veio? Com apenas um ano para trabalhar, apenas quatro jogos oficiais por fazer, com uma Seleção que até agora não tem uma cara, com um presidente de CBF ameaçado de destituição… por que você aceitou, Ancelotti?
Mas seja bem-vindo! Precisamos muito de você.
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Jeito Brasileiro
Tudo bem que Ancelotti é italiano e na Itália as coisas não são tão organizadas como em outros países da Europa. Mas ele está acostumado a trabalhar na organização. Vai ter que se adaptar ao jeito brasileiro de resolver o dia a dia. O ideal seria trabalhar até 2026, com contrato até 2030 para fazer um time para ganhar a Copa daqui cinco anos. Um europeu pensaria assim. Mas Ancelotti sabe que o projeto é ganhar 2026. E tem um ano para fazer isso acontecer.
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Com a qualidade de Carlo Ancelotti, a experiência dele, o respeito que impõe interna e externamente, e a qualidade do jogador brasileiro, é possível fazer um bom trabalho e ser forte para a Copa do Mundo do ano que vem. Mas para ser campeão? Vamos combinar que tudo tem que dar certo.
O “problema” Neymar
Outra questão é como lidar com o “problema” Neymar. O camisa 10 de 2022 virou realmente um problema. Ele não joga uma temporada regular desde 2022. No Santos não consegue estar em campo. Ainda acha que é o dono do time e da bola na Seleção. Como Ancelotti vai lidar com esse “problema” é uma grande curiosidade. Se for pra se espelhar em Felipão 2002, Ancelotti deixa Neymar para trás como Felipão deixou Romário, mesmo com toda a pressão externa.
Seria uma primeira batalha. Vamos ver…
