Foi inesquecível. A primeira partida da Seleção em Copas do Mundo que assisti dentro do estádio. Foi uma energia especial e a recompensa maravilhosa. Como jornalista e como um amante de futebol e de Copa do Mundo foi uma realização profissional e pessoal.
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Cheguei cedo e tinha várias missões pra cumprir. A primeira delas era para o digital. Devia abastecer nossas redes, nossas mídias sociais com vídeos curtos e tentar colocar a audiência dentro do estádio junto comigo. Fui registrando um a um cada passo na entrada do Lusail. Nem eu mesmo havia estado dentro do maior estádio da Copa antes. Então, tudo era novo.
Como já registrei aqui anteriormente, os voluntários são muito gentis e solícitos. Com um deles gravei (três vezes) o momento em que ele me indicava onde estava minha cadeira e onde eu deveria ficar. Fiz tomadas dos acessos e corredores internos, da minha cadeira número 11, e da visão que iria ter do jogo.
E então parei e me sentei pra esperar. Neste momento caiu a ficha e me emocionei de estar ali. Pensei na família e na carreira. Claro que não é um ponto final, mas para chegar até ali teve muito chão e é muito expressivo. Fiquei um pouco comigo e trocando mensagens com minha esposa Aline e meus dois filhos, Rodrigo e Julia.
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O Brasil deu o recado, com olé e tudo
Já estava quase na hora do jogo quando chegaram os torcedores que iriam ocupar as cadeiras imediatamente ao meu lado, à direita. Um deles chegou e disse “te conheço! Tudo bem?” e mostrou a camisa do Figueira, estendendo a mão para um cumprimento. Falei a ele “não acredito! Tu és de Floripa? E ele respondeu que sim e ainda disse que o colega dele também era. Carlos Eduardo e Bruno. Um alvinegro e outro avaiano.
Fizeram boa companhia porque estava me sentindo meio estranho no meio de muitos torcedores de amarelo, mas que não falavam uma palavra em português. Eram os árabes do Catar e de outros países que vieram de perto para ver a Copa e torcer para o Brasil. E na posição do estádio, estava bem no alto, no quinto andar, só que mais próximo à torcida da Sérvia que se juntou atrás de um dos gols do Lusail – o gol à direita das imagens oficiais da Fifa.
Na hora do hino, aquele orgulho, mas a Fifa achou um jeito de fazer uma edição do hino nacional brasileiro que a torcida não consegue mais fazer como em 2014, que ficava cantando à capela. Lamentei. Durante o primeiro tempo minhas reações de torcedor se misturavam as observações táticas que ia fazendo para entender o jogo. Celular na mão para reconhecer jogadores, posicionamentos e conferir as estatísticas. Gravei alguns lances também. Essas gravações para uso pessoal, já que a Fifa é dura na cobrança dos direitos autorais e a utilização de imagens de jogo.
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Passou a primeiro tempo e no intervalo comecei a escrever no celular o texto que teria que entregar logo após a partida. Uma análise da primeira etapa que iria estar no corpo do texto final, que só iria fechar mesmo mais próximo do apito final. Passei o intervalo escrevendo.
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Começou o segundo tempo e a coisa foi ficando boa. A atuação da Seleção fez agitar a torcida brasileira e os árabes também. O estádio enlouqueceu com os lances e os gols. Muita vibração. Nos dois gols do Brasil vibrei com meus novos amigos manézinhos. Nesse momento eu já ficava cantando o jogo para o que estava mais próximo de mim, o alvinegro Carlos Eduardo. Quando entraram Rodrygo e Antony disse a ele “vem mais gol aí”. Foi por pouco, mas o baile estava estabelecido e pude acompanhar um grito de “olé” que surgiu na arquibancada.
Lembram do meu texto? Faltando 10 minutos para a acabar o jogo, abri o celular novamente para arrematar o que seria minha análise para o NSC Total e revista DC. Escrevi sobre o show do segundo tempo, fiz uma abertura e praticamente finalizei tudo ali ainda nas cadeiras do Lusail. Quando o jogo entrou nos acréscimos, fiz uma gravação de celular com meus dois novos amigos e parceiros de jogo. Material que você vai ver na NSC TV.
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Com 95 minutos de jogo, faltando ainda dois minutos, me despedi deles e comecei a descer as escadarias do Lusail. O caminho era a sala de imprensa, onde iria polir o texto, enviar para o editor Everton Seamann e me preparar para entrar ao vivo na CBN Floripa, para apresentar o programa Qatarinenses do pós-jogo da Seleção.
A correria foi grande. Teve tempo pra foto, vídeo, choro, gritos, vibração, torcida e texto. Teve tempo para curtir tudo, do profissional ao pessoal. E vai ser assim nos jogos do Brasil. Espero que seja assim por sete jogos do Brasil.
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