Vi um Filipe Luís absolutamente focado e preparado para sua primeira final de Libertadores como treinador. O catarinense estava sério, concentrado e foi bastante objetivo na coletiva de véspera. Enquanto isso, o Palmeiras entra em campo sob pressão pelo título Libertadores devido o risco de fechar sem troféus.
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— O que o Palmeiras vai fazer eu não sei, mas o que eu tento passar aos jogadores são todas as possibilidades. Uma coisa é certa: nós conhecemos muito o Palmeiras e o Palmeiras conhece muito o Flamengo porque são duas equipes com identidade — avaliou Filipe Luís na coletiva na véspera da decisão.
De Lima, sai o primeiro Tetracampeão brasileiro da Libertadores neste sábado
Campeão com o Flamengo em campo em 2019 e em 2022, Filipe está próximo de fechar um ano perfeito. Se entre este sábado e a próxima quarta, o time comandado por ele for vencedor diante do Palmeiras, na Libertadores, e do Ceará, no Brasileiro, Filipe terá fechado um ciclo de pouco mais de um ano como treinador profissional com todas as grandes conquistas possíveis no futebol brasileiro.
Filipe mais uma vez está sendo desafiado e testado como novo treinador, como um jovem promissor à beira do gramado. É esperar pra ver como se sai nas grandes decisões que tem pela frente.
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Outro dia escrevi sobre o foco do Palmeiras e o do Flamengo neste último mês. Parece que o jogo mudou e se o Flamengo demonstrar a mesma energia do seu treinador, chega muito focado e determinado para esta decisão.
Palmeiras sob pressão na final da Libertadores
Foram R$ 700 milhões de investimento em contratações na temporada contra os R$ 193 milhões de 2024, e o Palmeiras está diante da possibilidade da “Glória Eterna” mais uma vez, e da recompensa pelo dinheiro investido. Ou terá um fracasso monumental que não é apenas de uma temporada.
Pendurado no Brasileirão, com cinco pontos de desvantagem para o Flamengo faltando duas rodadas do fim do campeonato, o Palmeiras joga tudo na possibilidade de conquistar o Tetra da Libertadores. Aliás, foi o que fez o técnico Abel Ferreira durante a semana, esvaziando o jogo contra o Grêmio, em que acabou derrotado com o time reserva, e preservando os titulares para a final de Lima. Foi uma cartada bastante arriscada.
Se ganhar a finalíssima da Libertadores, Abel Ferreira vai reviver a narrativa do “tinha um plano” e fazer aumentar a idolatria no clube em que virou uma espécie de “Deus” que tudo ganha, tudo sabe e tudo pode nos últimos anos.
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Abel tentou plantar dúvidas na cabeça de Filipe Luís para a final. Na coletiva desta sexta projetou surpresas na escalação: “Nós sabemos que o treinador do Palmeiras gosta de ter vários jogadores que joguem em várias posições. A surpresa pode ser exatamente essa. A dinâmica dos jogadores, dentro daquilo que é o nosso processo e amanhã vocês saberão durante o jogo o que nós podemos fazer.”
Mas e se perder? O certo é que com o investimento feito pelo clube, não vai adiantar colocar a culpa na arbitragem como tentou emplacar depois da derrota para o Grêmio na terça-feira. Em cinco jogos nas rodadas da corrida final e na hora de definir o Brasileiro, o Palmeiras de Abel Ferreira não teve plano nenhum, e somou apenas dois pontos, sendo ultrapassado por um Flamengo que também não foi perfeito, mas foi muito melhor e mais consistente.
Se perder a final da Libertadores a conta vai ficar bastante alta, pois o Palmeiras de Abel vai fechar dois anos com apenas um “paulistinha” conquistado no ano passado, mas com derrotas expressivas e duras nas grandes competições para o rival Corinthians (Paulista 25 e Copa do Brasil 25), para o Botafogo de Textor (Libertadores 24 e Brasileiro 24) e para o Flamengo (Copa do Brasil 24 e…) de Filipe Luís.
Catarinenses podem decidir a final da Libertadores
Santa Catarina coloca três finalistas de Libertadores “em campo” neste sábado. Dois são do Flamengo e um do Palmeiras. Já havia citado aqui na coluna antes Filipe Luís, técnico do Flamengo, revelado pelo Figueirense e nascido em Jaraguá do Sul, e Alan Elias, jovem atacante do Palmeiras, que também esteve na base do Figueirense, nascido em Florianópolis.
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Não podemos esquecer o ítalo-brasileiro Jorginho, meio-campista do Flamengo, que é natural de Imbituba. São três excelentes futebolistas e que orgulham o estado. Individualmente, independentemente de time, vale a torcida por cada um deles.

