
Análise
É dramática a situação das micro e pequenas empresas catarinenses por causa da pandemia do coronavírus. Pelo menos 130 mil negócios já fecharam. Os recursos de financiamento prometidos pelos bancos oficiais - Badesc, BRDE e BNDES - não chegam à ponta- ou, quando chegam, são insuficientes e não conseguem atender necessidades - e o dinheiro acaba rapidamente. A análise é do presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas, (Fampesc) Alcides Andrade.
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- Em uma semana, o dinheiro colocado pelo Badesc já tinha acabado; era uma linha de crédito com juros de 0,3% ao mês, mas com garantia real, o que dificulta tomada de empréstimo, porque a grande maioria dos micro não podem oferecer isso.
Já o BRDE, que anunciou R$ 100 milhões, ainda não conseguiu levar este dinheiro ao empresário por causa da burocracia, queixa-se Andrade. No caso do BNDES, os R$ 5 bilhões a serem destinados a apoiar empresas certamente serão absorvidos, em sua grande maioria, pelas médias empresas.
Num cenário tão difícil e de absoluta imprevisibilidade, a Fampesc enxerga uma luz no projeto de lei do senador Jorginho Melo, o Pronamp, que irá à votação pela Câmara de Deputados, provavelmente nesta semana.
O lado mais positivo do texto é que transfere para a União o risco de 80% do valor que as empresas acessarem via crédito; isso reduziria o medo dos bancos em emprestar para os pequenos. São estimados aportes de R$ 10 bilhões.
Claudio Loetz é um dos mais renomados colunistas de economia do Sul do Brasil. Com textos analíticos e informativos, é a principal fonte de informação para os interessados em negócios em Joinville e região.
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