Este é um tema polêmico e controverso para os consumidores regulares desta bebida. O álcool é indiscutivelmente um dos componentes responsáveis pelo equilíbrio do vinho, e também transportador de aromas quando evapora, além de adicionar corpo e textura ao vinho.
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Outro fator que suscita discussão é que, pela legislação dos países, e também pela brasileira, vinho é “bebida obtida a partir da fermentação alcoólica de mosto simples de uvas sã, fresca e madura”. Levando em consideração o conceito impresso na legislação, o vinho sem álcool não é de fato um vinho, mas uma bebida fermentada desalcoolizada.
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Porém como qualquer outro produto, o vinho também se adapta ao mercado e para outras demandas do setor. Neste sentido, para atender a um mercado cada vez maior de consumidores, vinícolas têm apostado na produção dos vinhos não alcoólicos. Entre as justificativas para o aumento da busca por bebidas sem álcool, especialmente o vinho, está a preocupação de muitas pessoas com um estilo de vida mais saudável, mas sem abrir mão do sabor e das características sensoriais do vinho, para quem não pode por questões ligadas à saúde, pelos riscos de beber e dirigir, estilo de vida mais saudável, e as gestantes.
Mas, vinho sem álcool, não seria a mesma coisa que suco de uva? A resposta é não! Primeiro porque o suco de uva, muito saudável e apreciado pelos brasileiros, na sua quase totalidade é produzido com uvas de mesa, aquelas encontradas em supermercados e consumidas in natura, e não com as vitis vinífera, das quais são produzidos os vinhos, a partir da fermentação dessas uvas.
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Os vinhos sem álcool e os vinhos tradicionais são vinificados da mesma maneira. Somente no final do final do processo o álcool é retirado até atingir um grau inferior a 0,5%, processo que, afirmam os produtores, não compromete suas características principais, após é engarrafado e encaminhado para a comercialização.
As técnicas para retirada do álcool do vinhos, além de dispendiosas, é um processo difícil que poucas vinícolas dominam, além da desalcoolização consumir uma parcela significativa do volume do vinho. São necessários dois litros e meio da bebida para dar origem a um litro de vinho sem álcool.
Ao paladar os vinhos não alcoólicos são diferentes dos tradicionais, nos mais doces, o sabor licoroso se sobressai. Já nos mais secos a sensação de adstringência, está mais presente. Isto ocorre porque o álcool tem um papel muito importante na integração e equilíbrio de todos os fatores que formam o paladar do vinho, principalmente os taninos e a acidez.
Como para fazer um litro de vinho sem álcool é necessário ao menos o dobro da quantidade da bebida, a concentração de todos os compostos que são aliados da nossa saúde, pode chegar a 65% a mais em relação ao vinho tradicional. A concentração de Flavonoides, compostos bioativos que possuem propriedades antioxidantes que retardam o envelhecimento precoce das células e trazem muitos benefícios ao organismo.
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Enfim, todos os benefícios já apontados pelo consumo moderado do vinho tradicional, aqui estariam aumentados pela concentração ainda maior, ocasionada pelo processo de retirada do álcool.
Se ainda não conhece os vinhos não alcoólicos, experimente e depois nos conte qual foi sua impressão.
Saúde!
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