O Grupo Orbenk, que presta serviços terceirizados nas áreas de limpeza, segurança patrimonial e alimentação, demitiu a funcionária envolvida em um episódio de racismo e xenofobia no último sábado (15), durante uma partida entre Avaí e Remo em Florianópolis válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.
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Em um comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (19), a empresa informou que concluiu um processo interno de apuração e que, após análise do caso e seguindo as regras do código de ética e conduta, adotou “as medidas cabíveis”, o que incluiu o desligamento da mulher.
“Decisões dessa natureza exigem o cumprimento responsável e justo das etapas previstas em nossos processos de compliance, conduzidas com a devida celeridade, em alinhamento ao nosso compromisso com a sociedade”, diz o comunicado.
Em um vídeo complementar, também publicado nesta quarta, o diretor comercial do grupo, Ricardo Wasem, reiterou que a decisão “reafirma o nosso compromisso inegociável com o respeito, a dignidade humana e com uma sociedade livre de qualquer forma de preconceito”.
— É importante reforçar: o Grupo Orbenk é uma empresa feita de pessoas. Pessoas de todas as cores, origens, crenças, orientações e histórias. Pessoas que todos os dias saem de casa para cumprir a sua jornada de trabalho com dedicação e profissionalismo. E são essas pessoas que ajudam a construir uma empresa que emprega hoje mais de 35 mil colaboradores — diz o executivo.
A companhia já havia repudiado o comportamento da colaboradora ao informar que abriria um procedimento interno para investigar o caso.
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O episódio no Estádio da Ressacada viralizou rapidamente nas redes sociais. As imagens mostram a mulher direcionando ataques aos torcedores de Belém. No vídeo, ela diz:
— O que tem no Pará? Seu feio. Ei? Vieram montados de jegue de lá pra cá? Gastaram o salário do mês? Gastou o salário para vir… agora vai embora a pé. O prefeito não quer, aqui em Floripa, tu. Olha tua cor. Olha, pobre aqui não fica. Querem comer? Tá com fome? Ali tem comidinha de graça — grita.
Avaí, Remo e prefeitura de Florianópolis repudiaram o episódio. O Leão da Ilha também identificou e suspendeu temporariamente a torcedora. A Polícia Civil informou que vai investigar o caso.
A defesa da mulher alegou, em nota, que o registro divulgado “não retrata quem é, nem seu comportamento habitual”. Além disso, afirmou que “diversos conflitos paralelos ocorreram no interior do estádio, gerando um ambiente de tensão que alterou o estado emocional de muitos torcedores”.
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“É importante esclarecer que (a torcedora) foi alvo de agressões verbais e ataques pessoais momentos antes. Parte desses acontecimentos não aparece nas gravações, que mostram apenas um recorte isolado e incompleto da situação”, disse a defesa na nota.
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