Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a este espaço aqui no NSC Total para falar sobre videogames! Eu sou a Joana Caldas, jogo desde os 4 anos de idade, e agora tenho 35. Você pode ler mais sobre os videogames que eu tive neste texto anterior do Pensando Sobre Games. Assim, vocêpode entender mais o meu gosto e referências.
Continua depois da publicidade
O Pensando Sobre Games já existe há pouco mais de um ano, mas estava no site da Rádio Itapema. Agora, aqui no NSC Total, espero continuar o papo sobre games. A ideia é a gente pensar e conversar juntos um tema por semana. E vamos lá!
Esses dias, a Sony anunciou que uma das franquias mais famosas da empresa, God of War, terá um título lançado para PC. Será o game homônimo lançado em 2018 como exclusivo para o Playstation 4. Mas parece que agora ele já não é mais tão exclusivo assim.
Meu primeiro videogame foi o Mega Drive. Nele, pude jogar clássicos como os jogos do Sonic, Streets of Rage, Golden Axe e Shinobi, todos exclusivos. E ficava salivando com os games que só tinham no Super Nintendo, como Mario, Yoshi’s Island e Donkey Kong Country.
Continua depois da publicidade

No tempo do Nintendo 64, foi a mesma coisa. Eu tinha acesso aos Zeldas, Banjo-Kazooie, Goldeneye, Mario Kart e Mario Party. Mas perdi Crash, Spyro e Tomb Raider, que estavam no Playstation.
Os exclusivos sempre foram muito importantes pra mim. Aliás, eles são a razão pela qual estou com a Nintendo até hoje. Zelda para mim é uma série imperdível e, enquanto eu puder, vou ter sempre o videogame em que eu possa jogar o próximo título da lenda.
Apesar de que, para mim, exclusivos sempre foram a principal razão para se escolher um console ou outro, parece que agora não é mais assim que funciona. Tem muita gente que compra o videogame que o amigo tem, para jogar online sem depender de que o jogo tenha crossplay, ou porque já jogou na casa de outra pessoa e gostou, e nem sabe se o game em questão é multiplataforma.
Todos os jogos do Xbox já saem para PC. Agora a Sony também está lançando vários dos que antes eram exclusivos. Além de God of War, também dá para jogar Horizon Zero Dawn e Days Gone nos computadores, por exemplo.
Continua depois da publicidade
> Pensando Sobre Games: Nintendo Switch online e outras assinaturas
Na internet, parece que a reação diante dos jogos antes exclusivos irem para o PC é “fique feliz porque mais gente vai poder jogar um ótimo título”. Com certeza. Porém, fico ainda com uma pulga atrás da orelha.
Será que existiria God of War se a Sony não quisesse fazer um baita exclusivo do Playstation 2? Quais outras franquias surgiram com o objetivo de tornar um determinado videogame mais atrativo? Não seria o Sonic uma resposta ao Super Mario Bros.? E o Demon’s Souls, e praticamente todo um subgênero, não foi feito para que o Playstation tivesse um tipo de Elder Scrolls?

Para mim, os exclusivos sempre foram a diferença entre um console e outro. Mas parece que essas distinções estão menores agora. Talvez porque fazer um novo jogo custe mais do que antigamente e agora é preciso vender mais para ter lucro.
Só sei que a diferença entre as bibliotecas do Mega Drive e Super Nintendo era significativa, assim como entre o Playstation e o Nintendo 64. Mas depois foi diminuindo. Entre o Playstation 4 e o Xbox One, quase não faço distinção aqui em casa. Acabo jogando o que tem melhor performance com aquele determinado game, já que não é todo exclusivo que eu curto e acabo ficando mais nos multiplataformas.
Continua depois da publicidade
Agora todos os jogos do Xbox já saem também no PC. E parece que a Sony está caminhando para algo parecido. O PC, que tem seus próprios exclusivos, vai se tornando uma máquina que roda tudo, com exceção dos jogos da Nintendo.

Uma parte de mim ainda acredita que um aparelho que roda tudo desvaloriza um pouco os videogames. Sei que não é bem assim e não vai ser todo muito que vai ter grana e paciência para montar um PC bom. É muito mais fácil comprar um console e saber que o jogo vai rodar.
Mas imagine se, no futuro, não valer mais a pena fabricar videogames. Se tudo virar uma grande Game Pass da vida, um serviço de assinatura, ou ter apenas uma máquina que vai rodar todos os jogos. Daí essa empresa que fizer esse aparelho vai poder cobrar o que ela quiser.
> Pensando sobre games: jogos reconfortantes
Bem, eu não tenho respostas aqui e nem sei se o que eu sinto seria o “correto”. Queria dizer apenas que acho simples demais esse argumento de “apenas fique feliz que mais gente poderá jogar este jogo”. É simplificar muito uma indústria que é complexa.
Continua depois da publicidade
As empresas farão o que for melhor para elas no momento e todas não precisam ter a mesma estratégia. Só o que podemos fazer é aguardar para ver como isso vai se desenrolar nos próximos anos.
Leia também:
-> Põe na Lista: filmes e séries inspirados em jogos de videogame
-> Pensando Sobre Games: entrevista com os compositores de “Fall Guys”