A saúde fiscal dos municípios brasileiros passa a valer cada vez mais como fator que influencia na corrida eleitoral, sobretudo aos que buscam a reeleição. Com base no último Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF), que avalia autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos nas cidades brasileiras, e utilizando dados oficiais coletadas através da declaração de 5.337 municípios à Secretaria do Tesouro Nacional em 2019, 67% das cidades se encontram com gestão fiscal em nível de Dificuldade ou Crítica, enquanto 33% estão em grau de Excelência ou de Boa Gestão.
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A comparação aponta que 24% dos municípios com nível de excelência na gestão fiscal são de prefeitos eleitos em primeiro mandato, enquanto que os reeleitos representam 27%.
Em contrapartida, percebe-se que 58% dos municípios em situação crítica são de prefeitos em primeiro mandato. O índice cai para 55% quando se trata de reeleição.
Equilíbrio
“Os números mostram que uma melhor gestão fiscal contribui marginalmente para uma maior chance de reeleição. A julgar pelos dados, eles mostram a fragilidade que se encontra grande parte dos municípios do país, com a maioria deles apresentando dificuldades fiscais. Mantida a correlação observada entre a gestão fiscal e a reeleição dos prefeitos, a tendência para 2020 é de que a situação atual de cada município será crucial para revelar o destino dos candidatos à reeleição”, aponta Pedro Bueno de Almeida, mestre em Ciências Econômicas e Analista de Dados na Unidade de Gestão Pública da Softplan – empresa catarinense especialista em sistemas de software para governos.
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