A política vive de gestos e atos. Mas não bastam apenas palavras, são necessárias ações também para acalmar o mercado. Lula 3, com a sua “aliança democrática” que serviu mais para ganhar a eleição do que para dividir o filé mignon de cargos da administração federal, precisará lidar, cotidianamente, com as dicotomias de ideias de seu colegiado.
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O que vai prevalecer, a medida de Lula, de estender a isenção fiscal nos combustíveis ou o grupo econômico do governo que preferia a não renovação do benefício? Lula seguiu com o incentivo ao combustível fóssil, certamente a ministra Marina Silva não aprova a decisão, mas preferiu não polemizar por enquanto. Na primeira passagem de Lula, Marina Silva caiu porque representava a linha mais preservacionista e não a desenvolvimentista de Dilma Rousseff.
As estrelas petistas acenam com um governo estatizante e indutor do desenvolvimento, pondo fim às privatizações. Marcos regulatórios de ferrovias e saneamento estão na mira, para espanto de quem, de forma racional, sabe que os recursos públicos são insuficientes para os investimentos necessários.
O teto de gastos é “estupidez” para Lula, mas o mesmo afirma que o governo terá responsabilidade fiscal. Talvez a esperada âncora fiscal venha esclarecer de fato, e não apenas com palavras, o que estas querem dizer e não conseguiram, até o momento, convencer.
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