Um levantamento realizado pela Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, revela que os bairros Ingleses e Jurerê, ambos em Florianópolis, e Três Figueiras, em Porto Alegre, concentram os maiores preços médios anunciados de venda de imóveis de até 30m², os chamados estúdios, na Região Sul do país. Nesses bairros, os preços médios se aproximam ou superam os R$ 580 mil — com destaque para Ingleses, na capital catarinense, onde o valor médio anunciado chega a R$ 606 mil, seguido por Três Figueiras, em Porto Alegre, com R$ 586 mil, e Jurerê, também em Florianópolis, com R$ 584 mil.

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Microapartamentos atraem investidores

A pesquisa analisou 2,2 mil anúncios de imóveis residenciais com essa metragem, disponíveis em abril nas principais plataformas digitais, abrangendo os bairros das três capitais da Região Sul: Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Foram considerados apenas bairros com ao menos 10 anúncios disponíveis.

“Os estúdios são uma boa opção para quem quer morar ou investir em bairros valorizados, especialmente em cidades com forte apelo turístico ou qualidade de vida elevada, como Florianópolis. O valor final é mais acessível do que unidades maiores, mas o preço por metro quadrado costuma ser elevado”, explica o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi.

Em abril, o Índice de Confiança no Mercado Imobiliário Loft ouviu 1,2 mil pessoas em seis capitais brasileiras e identificou um percentual relevante de investidores interessados nesse segmento: 20% dos entrevistados que pretendem comprar para investir buscam estúdios ou quitinetes — esse percentual é de apenas 5% entre aqueles que pretendem comprar para morar. Takahashi observa que muitos empreendimentos lançados recentemente compensam o espaço privativo reduzido com mais opções coletivas no prédio, como academia, lavanderia e áreas para home office.

Além dos preços, o levantamento também aponta os bairros com maior oferta de estúdios na Região Sul. Os campeões são Centro e Cidade Baixa, ambos em Porto Alegre, e Centro de Curitiba, todos com forte presença de imóveis compactos e ampla disponibilidade. “Essa configuração de imóvel é muito presente em cidades superadensadas, como São Paulo e Rio. Com o mercado imobiliário em crescimento na Região Sul, ela passa a ganhar força também nessas capitais”, afirma Takahashi.

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