Santa Catarina atua de forma completamente desarticulada na busca da solução definitiva para o caos do Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça, que foi cenário de mais uma calamidade no último domingo (6), quando uma carreta e mais de 20 carros pegaram fogo. Cada ente ou agente político defende uma ideia, que não dialoga entre si, as declarações se perdem no ar, os registros são feitos em redes sociais e não há uma convergência de posição.
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O coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Pedro Uczai (PT), fala em “Contorno do Morro dos Cavalos”, os transportadores de carga na necessidade de túneis, o governador Jorginho Mello cobra do governo federal e diz que o Estado fará estudos em busca de uma solução, mas também defende um “Contorno do Morro dos Cavalos”, a Fiesc quer que o túnel (ou seriam dois?) seja feito pela CCR Via Costeira e o Governo Lula defende a otimização do contrato com a Arteris e que esta realize as obras pois estaria dentro de sua área de abrangência na concessão. Não existe nenhum projeto para um Contorno. Para o túnel, seria necessário atualizar o projeto já existente e a licença ambiental.
Veja fotos do Morro dos Cavalos em SC
Quem não sabe o que quer, não chega a lugar nenhum. A primeira questão é definir tecnicamente qual a melhor solução: um túnel, dois túneis ou o tal de Contorno do Morro dos Cavalos. O Morro dos Cavalos é um problema há mais de 20 anos. Foram anos e anos de resistência dos órgãos de controle para duplicar e depois para as terceiras e quartas-faixas. Agora, há a demarcação da terra indígena e as próprias lideranças da tribo concordam com a construção do túnel.
Neste sentido, então, é preciso se levar em conta que a população do entorno cresceu, a frota de veículos de passeio e de caminhões de carga se multiplicou e o colapso já é uma realidade.
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A primeira questão é definir, com base na engenharia, na economia, no bolso do contribuinte e no meio ambiente, qual é a melhor solução. Depois, de forma suprapartidária, todas as forças da sociedade civil organizada, política, comunitária e empresarial devem assumir e assinar a ideia, de forma conjunta, e pressionar Brasília por uma solução.
Foi assim com a mobilização pela duplicação da BR-101.
Que se repita, agora.
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