Com a Selic mantida em 15% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária), quem pretende financiar um imóvel em Florianópolis ainda em 2025 precisa redobrar a atenção às condições dos bancos e à renda mínima exigida. Um levantamento realizado pela Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, revelou que, para financiar um imóvel na Capital hoje, é preciso comprovar renda entre R$ 26 mil e R$ 107 mil por mês a depender da região.

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A simulação considera os valores médios de anúncio dos imóveis à venda na cidade no último trimestre e as condições médias atuais de financiamento nos principais bancos.

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O estudo foi realizado com apoio do Financiômetro, ferramenta que calcula a entrada e a renda necessária para obter o financiamento. Considera-se o financiamento de 70% do valor do imóvel em um plano de 420 parcelas mensais.

Nos bairros com mais anúncios, como Centro, Ingleses e Itacorubi, a renda mensal exigida para aprovação do crédito fica, em média, entre R$ 30 mil e R$ 54 mil. Em Jurerê — que também figura entre os mais ofertados — , a renda mínima sobe para R$ 107 mil. Já a parcela inicial nos bairros com mais imóveis anunciados vai de R$ 7,3 mil (São João do Rio Vermelho) a R$ 29,8 mil (Jurerê).

“Esses resultados mostram como a realidade do financiamento pode variar muito entre bairros procurados de Florianópolis. Regiões centrais da cidade, como Centro e Trindade, ainda apresentam condições acessíveis para a classe média, enquanto Jurerê consolida sua posição como destino de altíssimo padrão”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.

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Além do recorte por volume de anúncios, o levantamento traz as regiões com os maiores preços médios da cidade. Em Jurerê Internacional, Cacupé e Canto da Lagoa, a renda exigida ultrapassa os R$ 115 mil e pode chegar a R$ 200 mil, refletindo imóveis de alto padrão e metragens amplas.

“Os bairros de luxo de Florianópolis, especialmente no Norte da Ilha, concentram imóveis muito maiores e com padrão construtivo elevado. É natural que o financiamento nesses locais exija renda alta, muitas vezes viabilizada por compradores que complementam o valor com recursos próprios”, avalia Takahashi.

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