A política energética do presidente dos Estados Unidos Donald Trump anima a indústria do carvão em Santa Catarina. Desde a campanha, o republicano tem falado “drill baby, drill” (perfure querido, perfure), como uma forma de sintetizar o seu apoio à indústria do petróleo. Mas é mais do que isso, é uma guinada em relação ao que estava sendo feito no governo de Joe Biden, comprometido com a transição energética e o Acordo de Paris.
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Trump não acredita em crise climática e defende os combustíveis fósseis. É nesse contexto que o carvão de Santa Catarina pode ganhar fôlego. Acreditando nisso, é que o engenheiro Fernando Luiz Zancan, que dirige a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) e é, também, presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), estará em Washington nos dias 26 e 27 de fevereiro para Coal Industry Advisory Board (CIAB) — Conselho Consultivo da Indústria do Carvão — da Agência Internacional de Energia (IEA).
O evento é de grande importância para discutir o futuro da indústria do carvão, especialmente em um contexto de transição energética e sustentabilidade. Zancan busca renovar um acordo de cooperação técnica e firmar outra parceria científica que propicie um intercâmbio comercial e acadêmico com os Estados Unidos.
— Nós tínhamos um acordo de cooperação desde 2007 com a National Energy Technology Laboratory, que terminou em 2021. Queremos retomar esse acordo. Desejamos, ainda, firmar um acordo com a Oak Ridge National Laboratory, que faz pesquisa com materiais. Nosso objetivo é a retirada de terras raras das cinzas das termelétricas e a drenagem ácida das minas. Com o governo Trump, agora creio que fica mais fácil — afirma Fernando Luiz Zancan.
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O setor carbonífero catarinense movimenta cerca de cinco bilhões de reais por ano. Uma cadeia que envolve mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e que é a principal fonte de arrecadação em muitos municípios do Sul do estado.
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