O ano de 2017 foi marcado pela crise na saúde na região Sul. As greves nos hospitais, protestos por atrasos nos salários, lotação nas emergências e desacordos entre poder público e organizações contratadas para administrar as instituições desencadearam um caos no atendimento à população. Para 2018, obras de infraestrutura prometidas, algumas atrasadas, são as principais expectativas para ajudar a dar fôlego no atendimento da saúde básica da região.
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A Unidade de Pronto atendimento (UPA) do bairro Próspera, em Criciúma, deve ser entregue até março de 2018, segundo a Secretaria de Saúde. A construção do prédio de 1,5 mil metros quadrados iniciou em agosto de 2010, e depois de sete anos parada, foi retomada em maio deste ano. A unidade de urgência e emergência poderá atender até 300 pessoas por dia e servirá de ponte entre atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais. As obras de conclusão recebem recursos do governo federal, estadual e municipal, no valor de R$ 661 mil.
– Assim que entrar em funcionamento, o pronto-atendimento desafogará os serviços de urgência e emergência do Hospital São José – espera o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
A UPA porte 2 para atender até 200 mil habitantes contará com 12 leitos, sendo quatro femininos, quatro masculinos e quatro pediátricos. O local contará com salas de raios-X, eletrocardiograma, ultrassom, laboratório de exames e sala de gesso. Aproximadamente 80 profissionais atuarão no espaço.
Outra obra esperada na área na região está prevista já para janeiro: a nova estrutura de atendimento no Hospital São José, em Criciúma, que vai praticamente dobrar a capacidade cirúrgica.
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O novo bloco hospitalar abrigará oito salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI, além de mais 23 leitos clínicos e uma nova central de materiais esterilizados. Até agora, foram investidos R$ 31 milhões para ampliações, reformas e aquisição de equipamentos. Destes, R$ 16 milhões vieram do governo estadual, R$ 5,5 milhões do governo federal e o restante investido pelo hospital. Por ser uma instituição de caráter filantrópico, a unidade precisa atender pelo menos 60% de pacientes vindos do Sistema Único de Saúde (SUS), mas segundo a direção este índice ultrapassa a média, atingindo 86%. A média de atendimentos é de 16,2 mil por mês.
Captação de córneas
Após um ano da inauguração e de portas fechadas, o Banco de Olhos de Criciúma deve começar finalmente a funcionar em 2018. Os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) definiram que vão dividir os custos e colocar em funcionamento a estrutura a partir de janeiro. A prefeitura, responsável pelo local, estima que sejam necessários aproximadamente R$ 40 mil mensais para funcionamento. O município seria responsável por 60% deste valor e o restante seria dividido entre as outras 11 prefeituras do Sul. A data oficial ainda depende da agilidade das vigilâncias sanitárias do Estado e do município. A estrutura foi inaugurada em dezembro de 2016 com investimento de R$ 300 mil dos governos estadual e municipal, mas nunca captou nenhuma córnea.
Upa em Tubarão
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tubarão teve os trabalhos interrompidos em 2014 e chegou a ser ocupada por usuários de drogas. A promessa era de entrega dos serviços no ano anterior, em maio de 2013. Até o momento, menos de 40% da estrutura foram finalizados. A ideia da atual Secretaria de Saúde agora é transformar o espaço em um centro de referência aberto até as 22h neste ano.
– Estamos ajustando as plantas e o trâmite burocrático com recursos próprios para finalizar a obra. Temos uma emenda do deputado Jorge Boeira de R$ 2 milhões para custeio, vamos substituir pela questão de investimento para terminar a UPA – diz o diretor presidente da Fundação Municipal de Saúde de Tubarao, Daisson Trevisol.
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