Perto de completar um ano da inauguração e de portas fechadas desde o dia 28 de dezembro do ano passado, o Banco de Olhos em Criciúma deve começar a funcionar no próximo mês. Os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) definiram que vão dividir os custos e colocar em funcionamento a estrutura, a partir de primeiro de janeiro. A prefeitura de Criciúma, responsável pelo local, estima que sejam necessários aproximadamente R$ 40 mil mensais para funcionamento. O município seria responsável por 60% deste valor e o restante seria dividido entre as outras 11 prefeituras.
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– Nossa região já foi referência nacional em captação de córneas e temos tudo para voltar a este posto – afirma o presidente da Amrec, Ademir Magagnin.
A data oficial ainda depende da agilidade das vigilâncias sanitárias do Estado e do município, além da burocracia. De acordo com o SC Transplantes, o Banco de Olhos de Criciúma tem viabilidade técnica e poderá abranger também as regiões de Araranguá e Tubarão.
– Entendemos que são necessários apenas quatro funcionários para tocar a estrutura e atender toda a região sul. Com o aproveitamento de 30 córneas mensais o valor investido praticamente se paga – explica o coordenador estadual do SC Transplantes, Joel de Andrade.
A estrutura foi inaugurada em dezembro do ano passado com investimento de R$ 300 mil dos governos estadual e municipal, mas nunca captou nenhuma córnea. Segundo o IML de Criciúma, em seis anos, cerca de 500 córneas deixaram de ser retiradas para transplante. A estrutura do Banco de Olhos, anexa ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), atenderia uma demanda da região Sul.
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