Preços dos ingressos do Avaí na Série A podem afastar o torcedor da Ressacada

O torcedor é a razão de ser o futebol. Sem ele um jogo vira treino e a emoção desaparece. Pois ultimamente, o Avaí não tem levado isso em consideração. Sob a alegação de que o futebol está cada vez mais caro, a direção azurra enviou ao Conselho Deliberativo do clube uma tabela de preços para jogos na Série A do Campeonato Brasileiro. 

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O Conselho aprovou e o Avaí divulgou os valores apressadamente, sem uma preparação da torcida. Pela tabela, percebe-se claramente que, segundo o entendimento avaiano, o futebol é somente para a elite abastada.

Os valores variam de R$ 150 a R$ 300 para jogos principais, ou seja, com adversários famosos e populares do país. Para outras partidas, as chamadas menores e sem os grandes do futebol brasileiro, o preço baixa no setor A para R$ 200 e no B, onde a galera vai, cai para R$ 100. O clube informou que vai fazer promoção a cada jogo de acordo com a sua importância. 

Um equívoco. Na hora que mais precisa o clube chama a torcida e até faz preço de fim de feira. Já na primeira rodada, domingo (10), contra o América-MG, o Avaí vai sentir na pele a pequena presença do seu torcedor. 

Dá para concordar que o futebol está muito caro e até quem sabe por culpa dos próprios clubes, que inflacionaram suas folhas. Atualmente, qualquer jogador de porte médio tem salário próximo a R$ 100 mil. 

Nada contra o atleta ganhar o seu salário. O problema é que os dirigentes não percebem os erros que cometem e, quando acordam, a folha de pagamento está em R$ 1 milhão. 

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Preços diferenciados eles são praticados nos espetáculos musicais. Lá ninguém reclama. Um exemplo claro: um show do Roberto Carlos não pode ser o mesmo preço do ingresso de um cantor sem a mesma expressão. Quem vai ao show paga e nem reclama. 

No futebol é diferente. Os clubes precisam apreender a lidar com a torcida. O encaminhamento de certas decisões tem que ser analisadas melhor. 

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