5 dicas fáceis para tirar fotos da Lua com o celular

Em semana de Lua Cheia, é quase unanimidade: todos nós tentamos capturar a beleza do nosso satélite natural, brilhando absoluto no céu e iluminando a noite. Mas, ao nos depararmos com o resultado, muitas vezes nos frustramos. Imagens desfocadas, borradas ou tremidas ou, então, o chamado efeito de “luz de poste”.

O fato é que registrar a Lua é uma tarefa um pouco mais complexa do que outros registros, como fotos de paisagens durante ou dia ou até mesmo as selfies. Mas isso não significa que precise de grandes técnicas, configurações mirabolantes ou celulares superpotentes para que as fotos fiquem incríveis.

Alguns ajustes na câmera do celular, enquadramento e iluminação (ou falta dela) adequados e as nossas fotos da Lua já podem ficar bem melhores.

5 dicas para tirar fotos da Lua com o celular

1 – Garanta a estabilidade do celular

Por ser um objeto que está muito distante, em um fundo escuro e extremamente brilhante, a foto da Lua tem que ter uma nitidez forte. Qualquer vibração ou movimento na hora de fazer o registro prejudica o resultado final. É quando geralmente acontecem os borrões, por exemplo, ou então rastros ou reflexos.

Nesses casos, um tripé ou suporte ajuda muito. Caso não tenha nenhum desses acessórios, a dica é apoiar o celular em uma superfície firme e usar o temporizador (timer) da câmera – o indicado é entre 3 e 5 segundos.

2 – Faça a foto a partir do vídeo

Pode parecer confuso, mas essa dica pode ajudar em alguns aparelhos, especialmente entre os usuários de iPhone. Quando for registrar a Lua, ao invés de escolher a opção de foto, faça por vídeo.

Dê o zoom máximo e diminua consideravelmente a iluminação (ISO) da câmera do aparelho. Foque na Lua e utilize o recurso de foto (a forma de acionar esse mecanismo é diferente para cada modelo).

Essa combinação gera uma foto com um fundo escuro, mas com a Lua em destaque e, dependendo da capacidade de alcance e de nitidez da câmera, revelar alguns detalhes do nosso satélite natural, como as crateras.

3 – Use o foco manual

O celular, no modo automático, costuma tentar focar no objeto mais próximo ou no que tem maior contraste, o que geralmente não funciona com a Lua, que está infinitamente distante. Para contornar isso, podemos usar o foco manual da câmera do smartphone.

Em alguns modelos, isso pode ser feito no Modo Pro. Ao ativar essa opção, basta ajustar o foco (muitas vezes representado por um ícone de montanha ou MF) até o máximo, configurando-o para infinito. Isso garante que o ponto focal da lente esteja perfeitamente ajustado para objetos extremamente distantes, como a Lua, capturando a textura das crateras e o máximo de detalhes possível, em vez de apenas um borrão ou uma “luz de poste”.

4 – Controle o ISO e o zoom

Uma das maiores dificuldades ao registrar a Lua é controlar a iluminação automática. Na maioria dos celulares, as configurações padrões da câmera deixam o céu em um tom acinzentado, desfocando e gerando borrões na Lua ou próximos dela.

Isso também pode deixar a Lua totalmente branca, escondendo alguns detalhes. Para corrigir, devemos baixar o ISO (iluminação) no menor nível possível e ajustar o foco. Isso diminui a luminosidade gerada na imagem pela câmera e ajuda o celular a ter uma maior definição para esse caso.

No iPhone, para ajustar o ISO, basta clicar no objeto de foco. Ao lado, vai aparecer um ícone semelhante a uma lâmpada ou um Sol. Basta arrastar a barra para baixo, até o final ou na quantidade necessária para capturar os detalhes da Lua.

Quanto mais zoom tiver a câmera do celular, e quanto maior a resolução, melhor. A boa notícia é que a grande maioria dos aparelhos lançados nos últimos anos já possuem configurações que permitem um registro satisfatório da Lua.

5 – Ajuste o obturador

A velocidade do obturador é uma das principais configurações que devem ser ajustadas para fotografar a Lua. Como estamos em um ambiente e fundo escuro, mas com um objeto extremamente brilhante no foco, a captação de luz natural também deve ser reduzida.

Para isso, a velocidade do obturador tem que ser rápida – como 1/125 ou 1/250 de segundo, ou o menor disponível no aparelho. Isso reduz drasticamente a entrada de luz, escurecendo o fundo do céu e, crucialmente, revelando os detalhes e as crateras da superfície lunar.

Edição básica

Depois de fazer a foto, pequenos ajustes na imagem pode ajudar a melhorar ainda mais o resultado final – e a destacar detalhes da Lua. A primeira dica de edição é evitar filtros prontos. Cada câmera é diferente, além dos cenários onde a foto foi feita. Fatores como iluminação e poluição atmosférica afetam o resultado final. Por isso, os filtros prontos não costumam funcionar bem.

Ferramentas do próprio celular ajudam a fazer uma edição básica, mas que realcem a beleza da foto da Lua. Aumentar o contraste e a nitidez, fazem o nosso satélite se destacar ainda mais no fundo escuro. Outro ajuste que costuma dar bons resultados é reduzir as chamadas luzes fortes de forma sutil, e a também as sombras – isso pode deixar os desenhos das crateras ainda mais destacados.

O uso de aplicativos de edição de imagens, como o Lightroom, pode ajudar a ressaltar mais alguns detalhes, como cores, saturação e temperatura, entre outros. Alguns modelos de celulares já possuem essas ferramentas, o que dispensa o uso de apps.

Fazer fotos da Lua com o celular é uma missão que exige um pouco de dedicação, mas que pode gerar um resultado incrível – mesmo em aparelhos básicos.