Cecília Kohls tem apenas oito meses, mas já enfrentou desafios que muitos adultos não conseguiriam passar. A moradora de Pomerode é chamada carinhosamente de “pequena Leoa” e o apelido reflete bem a trajetória dela de superação desde os primeiros dias de vida.
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A menina é filha da jornalista e pesquisadora Chirlei Kohls. Ela nasceu prematura e foi diagnosticada com hérnia diafragmática e cardiopatia congênita, explica a médica Thayane Damásio. O primeiro grande desafio veio quando Cecília tinha apenas dois dias. Ela passou por uma cirurgia para corrigir a hérnia, condição em que órgãos abdominais se deslocam para o tórax e comprimem os pulmões.
Por conta do quadro, precisou fazer também uma traqueostomia para respirar. Depois dos procedimentos, foram quase oito meses — exatos 235 dias — de internação no Hospital Infantil de Joinville, sendo 90 deles na UTI.
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Durante esse período, Cecília recebeu os primeiros colos, ouviu histórias para dormir e teve cada “mesversário” comemorado dentro do hospital. Os profissionais viraram amigos e o apoio ganhou força também do lado de fora, com mensagens de conhecidos e desconhecidos que passaram a torcer pela pequena leoa.
A angústia nos dias difíceis e a alegria a cada avanço foram compartilhadas nas redes sociais por Chirlei. Amigos e familiares a ajudaram a adaptar a casa para quando a alta ocorresse e, no último dia 5, o milagre de Natal aconteceu mais cedo.
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Cecília finalmente conheceu o próprio lar.
Os corredores do hospital foram tomados por amigos da família em uma despedida marcada por emoção. As lágrimas também caíram na chegada a Pomerode, onde amigos e familiares organizaram uma recepção especial, com cartazes e música preparada exclusivamente para Cecília.
Agora em casa, ela recebe o carinho da família enquanto continua o tratamento. No quarto, a decoração com leõezinhos divide espaço com respirador e outros equipamentos necessários para o cuidado diário. O tratamento é acompanhado por uma equipe multidisciplinar do Sistema Único de Saúde (SUS), com profissionais como fisioterapeuta, médico, enfermeira e técnico de enfermagem.
Quando estiver mais forte, ela deverá passar por uma cirurgia cardíaca para corrigir a cardiopatia congênita.
Até lá, fé e ciência seguem como aliadas no processo de recuperação.
Com informações de Lincoln Pradal, da NSC TV.








