Uma suposta ex-professora e gerente de Blumenau está sendo investigada pela Polícia Civil e Ministério Público (MP) por ter falsificado o diploma de Pedagogia para poder ocupar cargos na prefeitura e Governo do Estado. À frente da gerência de Educação Especial do município, a mulher colecionou reclamações por falta de técnica, planejamento e diálogo com as equipes. Em quatro anos de atuação, a suspeita recebeu R$ 243,3 mil, dinheiro que o MP quer que seja devolvido aos cofres públicos.
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No final da semana passada a ação por improbidade administrativa chegou à Justiça. O Ministério Público de Santa Catarina sustenta que ela utilizou diploma, histórico escolar e certificados falsos de licenciatura em Pedagogia cursada na Uniasselvi para assumir os cargos.
A universidade confirmou que a suspeita chegou a se matricular, mas foi reprovada em diferentes disciplinas e nunca se formou. Por conta da farsa, a mulher também é alvo de um inquérito de falsidade documental. Entre 2021 e até meados do ano passado, a profissional ocupou o cargo de gerente na prefeitura, recebendo salários que somaram R$ 195 mil. No decorrer da gestão, a ré foi alvo de denúncias na ouvidoria da prefeitura devido à inaptidão para exercer as funções.
Os outros R$ 48 mil recebidos pela ex-servidora foram obtidos em contratos temporários como professora na rede estadual. Diante das mentiras, a promotoria pede a devolução dos valores, a suspensão dos direitos políticos da ex-servidora, o bloqueio de bens e pagamento de multa.
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— A ré ocupou cargos estratégicos na área da educação sem qualquer preparo técnico ou formação adequada, o que comprometeu diretamente a qualidade dos serviços prestados. O enriquecimento ilícito, neste caso, foi sustentado por uma fraude continuada e deliberada, o que exige uma resposta firme do Estado — destacou o promotor Rodrigo Andrade Viviani.
O NSC Total não localizou a defesa da suspeita e por isso o nome dela não foi divulgado. Ela não foi presa.
O que dizem os governos municipal e estadual
A prefeitura comentou que quando o inquérito foi instaurado a administração forneceu “todas as informações e esclarecimentos necessários para a apuração dos fatos”. Já o governo do Estado informou que instaurou um processo administrativo para apurar o caso.
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