O segundo turno das Eleições 2024, neste domingo (27), teve uma taxa de abstenção de 29,26%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até as 20h35min, quando 99,9% das urnas já estavam apuradas. Dos 33 milhões de eleitores aptos a votar, 9,9 milhões não foram às urnas. O índice é maior do que no primeiro turno, quando a abstenção foi de 21,68%.

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A abstenção deste ano é a segunda maior desde 2000, ficando atrás apenas da eleição de 2020, durante a pandemia. Naquele ano, a abstenção no segundo turno foi de 29,53%.

— Há um aumento de abstenção no segundo turno. Até aqui temos entre 28% e 30% de abstenção. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que trabalhar com os dados — avaliou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia.

Como justificar o voto nas Eleições 2024?

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Abstenção no 2º turno

  • 2024: 29,26%
  • 2020: 29,53%
  • 2016: 21,6 %
  • 2012: 19,1%
  • 2008: 18,1%
  • 2004: 17,3%
  • 2000: 16,2%

Cidades com recorde de abstenção

Entre as capitais, Porto Alegre foi a que registrou maior abstenção: 34,83%. Um total de 381.965 eleitores não foram às urnas, mais do que a quantidade de votos que recebeu Maria do Rosário (PT), segunda colocada no pleito, com 254.128 votos. Sebastião Melo (MDB) foi reeleito com 406.467 votos, o que representa 61,53% do total de válidos.

Em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a abstenção foi de 35,72%. A quantidade de 92.716 eleitores que não foram às urnas supera o total de votos do candidato vitorioso, Airton Souza (PL), que recebeu 75.688 votos e venceu o pleito com 52,12% contra Jairo Jorge (PSD).

São Paulo também bateu recorde e teve o maior número de abstenções da história em um segundo turno. O número de ausentes chegou em 31,54%, ou seja, 2.940.360 eleitores, mais do que os 2.323.901 votos que recebeu Guilherme Boulos (PSOL). Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito com 59,35% dos votos.

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