Um acidente aéreo foi simulado no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, como parte de um exercício do curso do Corpo de Voluntários de Emergência (CVE), na tarde desta sexta-feira.

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Na situação simulada, o avião com 20 passageiros chocou-se com uma ave e caiu na Baía Sul. Os passageiros da fictícia aeronave foram levados para a água e atendidos pelo grupo de 60 voluntários formados este ano no CVE. Os alunos trabalham no aeroporto ou moram no seu entorno.

– O Exercício Simulado de Emergência Aeronáutica Completo é como o trabalho de conclusão de curso deles. Neste ano, foi escolhido fazer na água porque nosso aeroporto tem as quatro cabeceiras cercadas pelo mar. Se um acidente acontecer, há grande possibilidade de ser em uma situação como esta – explicou o gerente de segurança da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Marcos das Neves.

Para deixar mais claras as técnicas de primeiros socorros aprendidas em quatro dias de aulas teóricas, os voluntários socorreram passageiros com queimaduras, perfurações e em estado de choque.

– Tive a impressão de que era tudo real. Fiquei bastante nervosa, mas ajudei a socorrer uma pessoa e ela sobreviveu – relatou a voluntária Márcia Regina Romão, funcionária da Infraero.

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Maquiagem para se aproximar do real

Para dar realidade à simulação, todas as vítimas foram maquiadas pelo sargento da reserva da Aeronáutica José Gilberto Luz.

– Usei látex, mel e maquiagem feminina. Assim, eles podem ver como seria em um acidente de verdade – explicou.

Sargento Luz foi um dos idealizadores dos acidentes simulados em Santa Catarina. Não lembra quando começou, mas sabe que já participou da formação de mais de cinco mil voluntários.

A importância de voluntários preparados para situações de emergência foi destacada pelo gerente de segurança da Infraero.

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– No acidente em São Paulo com um Fokker-100 da TAM em 1996, pessoas da comunidade ajudaram a socorrer as vítimas de solo. Aqui, já acionamos os voluntários em situações de risco em que o comandante do avião nos acionou. Felizmente, tudo terminou tranqüilamente e pudemos voltar ao trabalho – lembrou Neves.