Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 bilhão de mulheres estarão na menopausa até 2025, fase em que a queda do estrogênio intensifica o ressecamento da pele, altera o funcionamento intestinal e aumenta o risco de desidratação.
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O ginecologista Luiz Alberto Sobral, do Grupo Kora Saúde, reforça em entrevista à Agência que “A hidratação é um dos pontos centrais para o bem-estar da mulher na menopausa, porque esse período envolve mudanças hormonais importantes que afetam diretamente a forma como o corpo retém e distribui água”.
Por que a menopausa aumenta o risco de desidratação
Com a diminuição do estrogênio, o corpo perde parte da sua capacidade de manter a hidratação natural.
A pele fica mais fina, menos elástica e mais ressecada; a mucosa se torna mais sensível; e o intestino tende a ficar mais lento.
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Essa mudança hormonal também afeta a distribuição de água nos tecidos, deixando o organismo mais dependente da ingestão contínua de líquidos.
Pele, cabelos e unhas
A pele é onde os efeitos aparecem mais rápido: perde brilho, textura e capacidade de barreira.
A hidratação adequada, tanto interna quanto externa, ajuda a recuperar luminosidade, reduzir a sensação de repuxamento e melhorar a proteção natural.
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Os cabelos e as unhas, igualmente impactados pela queda hormonal, tendem a ficar mais frágeis, e a hidratação constante também faz diferença.
Saúde íntima
A secura vaginal é uma das queixas mais frequentes da menopausa. Com a queda do estrogênio, a mucosa perde elasticidade e umidade natural, o que pode gerar dor, ardência e desconforto nas relações.
“A hidratação, tanto a ingestão de água quanto o uso de hidratantes vaginais, melhora bastante esse quadro”, afirma o ginecologista. Hidratar o tecido vaginal ajuda a manter a saúde local e reduz inflamação e microfissuras.
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O intestino preso é outro sintoma comum. Durante a menopausa, o corpo depende de mais água para manter o bolo fecal macio e facilitar o trânsito intestinal. Beber líquidos ao longo do dia, consumir fibras e praticar atividade física são hábitos que reduzem o desconforto e melhoram o ritmo intestinal.
Regulação térmica e controle do peso
Os fogachos, ondas de calor intensas, estão diretamente ligados à instabilidade térmica do corpo. Um organismo bem hidratado regula melhor a temperatura e responde com menos intensidade aos picos de calor.
A hidratação também auxilia no metabolismo, favorecendo a manutenção do peso e reduzindo o cansaço.
“A hidratação auxilia no controle de peso e na regulação da temperatura corporal, que costuma ficar mais instável por causa dos fogachos”, explica o especialista.
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Coração e circulação também sentem a diferença
Após a menopausa, o risco cardiovascular aumenta. A hidratação ajuda a melhorar a fluidez do sangue e a regular a pressão arterial, contribuindo para a saúde circulatória e reduzindo riscos associados à desidratação.
De acordo com Sorbal, hidratar não é só beber água: é um conjunto de cuidados. A hidratação eficiente na menopausa inclui:
- beber líquidos ao longo do dia,
- consumir frutas e vegetais ricos em água,
- usar hidratantes corporais adequados,
- recorrer a hidratantes vaginais quando orientado,
- manter alimentação equilibrada e prática de exercícios.
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São medidas simples, mas, como reforça Sobral, “fazem uma diferença enorme na qualidade de vida da mulher”.
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