Três advogados de Joaçaba, além da ex-esposa de um deles e um detento, foram condenados em ação penal do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por integrarem um esquema que facilitava a comunicação entre membros de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, de dentro para fora do presídio. As penas variam de três a nove anos de prisão. O processo está sob segredo de justiça.

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Segundo a investigação, o advogado considerado líder do esquema movimentou milhões de reais oriundos do crime, com auxílio da ex-esposa, para atender aos interesses da organização criminosa. Ele recebeu pena de nove anos, nove meses e 14 dias, em regime fechado, por organização criminosa e lavagem de dinheiro, sem direito de recorrer em liberdade. A ex-esposa foi sentenciada a três anos e nove meses, em regime aberto, por lavagem de dinheiro.

As outras duas advogadas do escritório foram condenadas a cinco anos, um mês e sete dias, em regime semiaberto, cada uma, pelo crime de organização criminosa. Um detento envolvido também foi sentenciado a cinco anos, cinco meses e 18 dias de prisão. O MPSC ainda avalia se irá recorrer para tentar aumentar as penas.

As condenações decorrem da Operação Balthus, deflagrada pelo GAECO e pelo GEFAC, em junho do ano passado, em apoio à investigação da 3ª Promotoria de Justiça de Joaçaba. A ação cumpriu mandados de prisão, suspensão do exercício da advocacia e 12 buscas e apreensões nas cidades de Joaçaba, Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba.

Com o avanço das investigações, todos os envolvidos foram denunciados e se tornaram réus. Agora, foram condenados, embora ainda caiba recurso da decisão.

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