O vice-presidente Geraldo Alckmin avaliou neste sábado (15) que a redução das tarifas impostas pelo governo Donald Trump é “positiva” e segue “na direção correta”, mas fez uma ressalva de que a taxa de 40% ainda é uma “distorção”, que precisa ser “corrigida”. As informações são do g1.

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Na noite de sexta-feira (14), os Estados Unidos anunciaram a redução de tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios — como café, carne, açaí e manga. No caso do Brasil, a alíquota geral caiu de 50% para 40%, após negociações envolvendo Brasília e Washington.

Alckmin afirmou que seguirá trabalhando para que novos cortes ocorram:

— A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do Mauro Vieira com Marco Rubio — declarou o vice-presidente.

“Distorção que precisa ser corrigida”

O vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que agora o governo tem que fazem um empenho para “melhorar a competitividade”.

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— Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então ele zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade.

Entenda a redução de tarifas

A Casa Branca publicou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva que suspende as tarifas adicionais de 50% sobre uma série de produtos brasileiros como carne, café, açaí, algumas frutas tropicais frescas ou congeladas e castanha do Pará. A medida vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém já a partir de quinta-feira (13).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou a ordem executiva nesta sexta. No texto, ele diz que tomou a decisão depois de considerar informações fornecidas por autoridades e o andamento das negociações com parceiros comerciais, assim como a demanda interna por produtos e a capacidade de produção. Ainda não há uma definição sobre qual é a redução em termos de tarifa para os produtos citados.

“Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o status das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda doméstica atual por certos produtos e a capacidade doméstica atual de produzir certos produtos, entre outras coisas, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca imposta pela Ordem Executiva 14257, conforme alterado. Especificamente, determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à tarifa recíproca imposta nos termos do Executivo 14257, conforme alterado”, afirma o documento.

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Segundo o Ministério da Agricultura, a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o governo.

Confira os alimentos que terão redução de tarifas

  • Carnes;
  • Café;
  • Chá;
  • Ervas;
  • Frutas;
  • Vegetais;
  • Tubérculos;
  • Açaí;
  • Castanhas e Sementes;
  • Especiarias e Condimentos;
  • Cereais.