É só pesquisar o que fazer na Flórida, nos Estados Unidos, que começam a pipocar imagens de castelos, personagens da Disney e Harry Potter, além de endereços de outlets – shoppings com promoções, marcas conhecidas e onde se ouve mais português que o idioma nativo. Conhecido como o estado ensolarado, com temperaturas médias entre 21° C e 32° C, a Flórida tem opções que vão além das atrações conhecidas. O lado B do estado norte- -americano inclui jardins, safári e um mundo feito de Lego. Para aqueles que curtem astronomia um dos pontos altos da viagem pela região é o Kennedy Space Center Visitor.

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O parque que mais se parece um museu interativo fica a cerca de uma hora de Orlando, no Cabo Canaveral. Antes de chegar à bilheteria, um astronauta recebe os turistas de diversas nacionalidades e já mostra o que esperar do Centro de Visitantes da Nasa: sair de lá sabendo tudo sobre foguetes, ônibus espaciais, idas à Lua e como eles se alimentam lá em cima. A primeira parada é o Rocket Garden. É isso mesmo, é hora de tirar fotos ao lado de foguetes, como os primeiros a lançarem astronautas americanos ao espaço.

Um dos pavilhões mais interessantes do parque é o dedicado ao Atlantis, ônibus espacial que esteve 33 vezes no espaço, carrega as marcas de tantas entradas na atmosfera, e agora está estacionado ali com as comportas abertas. No ambiente, também há 60 simuladores interativos para aqueles que querem ver como é conduzir um ônibus espacial ou como é estar em uma estação. Outra grande atração é o Shuttle Launch Experience, que nada mais é que um simulador de um lançamento da Nasa. Com a contagem regressiva não há como desistir e alguns se agarram à cadeira, já que com a vibração e inclinação, é possível que esqueçam que estão dentro de um brinquedo. Há ainda toda a história das missões do Apollo à Lua, cinema iMax e muitas seções interativas. Um foguete de verdade de 110 metros pendurado no teto, tocar em uma pedra lunar, além de poder ver – a uma distância de cinco quilômetros – o local de onde são lançados os foguetes pela Nasa ( inclusive no site do parque há os dias com lançamentos programados) são outras atrações. Ainda dá para ver o que estão pesquisando e os avanços que trouxeram.

Pavilhão dedicado ao Atlantis
Pavilhão dedicado ao Atlantis (Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

O passeio vale muito a pena, também para aqueles que não são tão aficionados pelo tema. Mas é importante se planejar e organizar tudo antes. Algumas atrações, como o simulador, costumam ter filas e exigem algum tempo, então chegue cedo, coloque um calçado confortável e prepare- se: o dia promete ser intenso. Há ainda atrações do centro de visitantes que são pagas à parte, como um almoço com um experiente astronauta. O bate- papo interessa a todas as faixas etárias, que perguntam de tudo, desde como é caminhar no espaço até por que quis seguir essa profissão. O astronauta Jon McBride, de 73 anos, em uma dessas conversas respondeu assim: “toda criança sonha em ser astronauta”. E se depender do Kennedy Space Center Visitor Complex por muito tempo crianças e até adultos – por que não? – ainda vão sonhar com isso.

SERVIÇO: Kennedy Space Center Visitor Complex

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Preços: entre US$ 40 ( crianças) e US$ 50 ( adultos)

Horário: 9h às 18h ( pode mudar conforme a estação do ano)

Informação e ingressos: www.kennedyspacecenter.com

O QUE FAZER NOS ARREDORES

Museus e memoriais sobre astronomia

Space View Park
Space View Park (Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

Mais sobre o espaço Você foi ao Kennedy Space Center Visitor Complex e isso só atiçou a vontade de saber ainda mais sobre a exploração espacial? Uma opção é ir até o Space View Park, na cidade de Tutsville, a cerca de 15 minutos do centro de visitantes. Na praça com uma bonita vista do rio Indian também há referências aos ônibus espaciais. Além disso, tem uma espécie de calçada da fama, com as marcas das mãos de alguns astronautas pioneiros, como Neil Armstrong.

Ainda não está satisfeito? Então vá até US Space Walk of Fame, um pequeno museu que traz curiosidades desde as primeiras experiências com combustível para foguetes, ainda em 1920, até as diversas missões ao espaço. Lá você pode descobrir, por exemplo, onde foram parar as primeiras botas que pisaram na lua. Custa entre US$ 5 e US$ 10.

Porto diferente

Vista do Porto Car
Vista do Porto Car (Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

Ali pertinho do Kennedy Space fica o Porto Canaveral, que é o maior porto de passageiros do mundo, perdendo apenas para Miami. Mas está longe de ser convencional, já que está mais para um complexo de lazer. Há três anos foi construída no local a Exploration Tower, que consiste em um prédio de sete andares de arquitetura arrojada que permite saber mais sobre a região. Cada andar traz uma atração. Em um deles o porto, noutro, simuladores de embarcações. Também é possível apreciar a vista de algum dos restaurantes no local, sendo comum avistar algum cruzeiro, pois em média 150 navios passam por ali ao ano, além das nove embarcações residentes. Crianças pagam US$ 3,75 e adultos, US$ 6,50.

Mundo feito de Lego

(Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

Uma boa oportunidade de voltar a ser criança é visitar a Legoland, localizada em Winter Haven, a 45 minutos de Orlando. São 58 milhões de pecinhas de plástico que formam personagens, safáris, castelos e até recriam cidades. Placas indicam a quantidade de peças usadas e o quanto as estruturas demoraram a ficar prontas. Um Mustang em tamanho real, por exemplo, exigiu quase 195 mil peças de plástico e 1,2 mil horas de trabalho. Preços para Legoland entre US$ 84 ( crianças e idosos) ou US$ 91 ( entre 13 e 59 anos). Mais informações em legoland.com

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Cidade dos cisnes

Hollis Garden
Hollis Garden (Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

Lakeland, a 90 quilômetros de Orlando, com seus 13 lagos – na região são mais de 500 -e 100 mil habitantes é conhecida como a cidade dos cisnes. A história começou em 1957, quando a rainha Elizabeth, da Inglaterra, doou um par de cisnes brancos à cidade. Hoje eles servem como inspiração para estátuas e monumentos espalhados pelas ruas arborizadas e simpáticas. O Hollis Garden é apenas um dos locais em que é possível observar sem pressa a natureza da região. De frente para o lago Mirror, o local conta com 10 mil flores e árvores espalhadas por uma área de 4,8 mil metros quadrados. Outra atração em Lakeland é a maior coleção de prédios construídos por um dos mais importantes arquitetos do século passado, Frank Lloyd Wright.

Safári diferente

(Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

Pode ser em um veículo típico de safári, a cavalo, camelo ou até caiaque. Não importa o meio de transporte, a ideia é conhecer ( e bem de perto) animais de todos os continentes. Essa é a proposta do safári Wilderness, em Lakeland. O bacana é que dá para alimentar búfalos, lhamas e veados enquanto se faz o passeio. Eles cercam o carro atrás de comida, o que rende boas fotos. Um dos pontos altos é a alimentação na jaula dos lêmures. Sim, aqueles do filme Madagascar que dançam e cantam “eu me remexo muito”.

(Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

O safári custa US$ 75 ( passeio de cerca de 50 minutos), mais US$ 20 para alimentar os bichinhos. Informações em safariwilderness.com

Torre e o jardim

(Foto: Karine Wenzel / Agência RBS)

“Dê ao mundo o melhor que você tem e o melhor virá de volta a você”. Essa frase do vencedor de um Pulitzer, Edward Bok, foi levada a sério por ele mesmo. Em 1929, o holandês deu um presente aos americanos como agradecimento às oportunidades que teve no país: uma área com mais de 120 espécies de pássaros e uma torre de arquitetura única com mais de 60 metros e 60 sinos. Na área repleta de lagos e jardins, a natureza dialoga com a arte e a arquitetura. A entrada custa US$ 3 ( crianças) e US$ 12 ( adultos). Informações em boktowergardens.org

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* A repórter viajou a convite do Kennedy Space Center Visitor Complex, Visit Central Florida e Florida¿s Space Coast

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