A Amazon apresentou na primeira semana de outubro a Alexa+, a nova geração da sua assistente virtual, agora com inteligência artificial embarcada, voz mais natural e sensores que compreendem o ambiente, segundo a marca.
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A novidade marca o maior salto tecnológico desde o primeiro Echo e promete transformar o assistente em um “cérebro doméstico”, capaz de antecipar rotinas, executar tarefas sozinho e até conversar com o usuário de forma mais humana.
Alexa+ deixa de apenas responder — e começa a pensar
Diferentemente das versões anteriores, a Alexa+ não depende totalmente da nuvem. Ela vem equipada com chips de IA desenvolvidos pela própria Amazon — o AZ3 e o AZ3 Pro — que processam parte das informações diretamente no dispositivo.
Com isso, as respostas são mais rápidas, o reconhecimento de voz é mais preciso e até as rotinas funcionam mesmo com conexão de internet instável.
Mas a promessa de verdadeira revolução está no cérebro da nova Alexa: a IA generativa, semelhante à usada em modelos como o ChatGPT. Agora, ela entende contexto, mantém conversas contínuas e até sugere ações com base nos hábitos do usuário.
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– Nosso objetivo é que a Alexa se torne proativa, compreensiva e presente de forma natural no cotidiano das pessoas – afirmou Dave Limp, executivo da Amazon Devices.
Sensores e o sistema “Omnisense”: quando o ambiente fala
Outro destaque da Alexa+ é o sistema Omnisense, que combina som, movimento, sinais de Wi-Fi e câmeras para entender o que está acontecendo à sua volta.
Com isso, a assistente pode detectar quando alguém entra em um cômodo, ajustar luzes, avisar que uma janela ficou aberta ou até lembrar de trancar a porta ao sair.
O sistema também reconhece rostos e adapta respostas conforme quem está presente, criando experiências mais personalizadas.
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Voz mais humana, respostas mais naturais
A voz da Alexa+ está mais expressiva. A Amazon aplicou novas técnicas de síntese neural, com pausas realistas, tom suave e até variações de emoção. O resultado é uma fala que soa mais próxima da humana, sem o tom “robótico” de versões antigas.
Durante os testes, a Alexa+ conseguiu compreender perguntas abertas como:
- “O que posso cozinhar com o que tenho na geladeira?”
- “Toque algo parecido com a música que ouvi ontem.”
Ela não só entendeu o pedido, como lembrou do histórico e deu respostas personalizadas.
Nova linha Echo 2025: feita para a Alexa+
A Alexa+ vem acompanhada de uma linha inteira de dispositivos redesenhados para aproveitar a nova tecnologia. Entre eles:
- Echo Dot Max e novo Echo Studio – som aprimorado, sensores de presença e chip AZ3 Pro;
- Echo Show 8 e Show 11 (2025) – câmeras inteligentes que reconhecem quem está diante da tela;
- Câmeras Ring e Blink – detecção de pessoas e visitantes com IA local;
- Fire TV 2025 – busca conversacional e comandos proativos por voz.
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Os preços nos EUA partem de 99,99 dólares, com lançamento oficial em 29 de outubro de 2025.
A Amazon também confirmou que membros do Amazon Prime terão acesso gratuito à versão Alexa+, enquanto usuários comuns poderão assinar o serviço por 19,99 dólares por mês.
IA sim, mas com privacidade
Com mais sensores e câmeras, a Amazon reforçou que a Alexa+ foi construída com foco em privacidade.
Boa parte do processamento ocorre no próprio dispositivo, reduzindo o envio de dados à nuvem.
Além disso, haverá painéis de controle detalhados para gerenciar histórico de voz e vídeo, além de opções para excluir dados facilmente.
Especialistas, porém, lembram que o desafio da nova geração será manter transparência — especialmente com o assistente tomando decisões proativas.
E o Brasil?
Por enquanto, a Alexa+ será lançada nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. A Amazon ainda não confirmou a data de chegada ao Brasil, mas o cronograma indica 2026 como provável início da distribuição, com suporte completo ao português e integração com serviços locais.
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Os Echos atuais continuarão recebendo atualizações, mas modelos mais antigos não terão suporte total à Alexa+.
O que muda na rotina do usuário
A principal diferença está na autonomia. Agora basta dizer “Alexa, vou sair” — e ela executa uma sequência de ações: desliga luzes, fecha cortinas, ajusta o ar-condicionado e confirma se as portas estão trancadas.
O assistente também aprende preferências de música, temperatura e horários, tornando as rotinas mais intuitivas. Nos dispositivos Echo Show, por exemplo, a IA reconhece o rosto e exibe apenas as informações relevantes para cada pessoa da casa.
Um passo à frente na corrida da IA doméstica
A Amazon sai na frente de concorrentes como Google e Apple ao colocar inteligência artificial generativa diretamente no hardware.
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Enquanto os rivais ainda dependem mais da nuvem, a Alexa+ aposta no processamento local — algo que traz velocidade, privacidade e naturalidade.
O objetivo é claro: fazer com que a tecnologia deixe de ser “um comando” e se torne parte do ambiente.
Com isso, a Alexa+ pode inaugurar uma era em que os dispositivos não apenas respondem — mas realmente entendem o usuário.





