Uma nova pesquisa conduzida por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental trouxe à tona evidências impressionantes. Analisando registros e o DNA de um crustáceo raro. O estudo aponta que ele habita uma vasta área dos oceanos, em contraste com a ideia anterior de que seria difícil de encontrar.

Visto pela primeira vez em 1970, esse primo distante do tatuzinho-de-jardim vive em grandes profundidades. Por quase 20 anos, nenhum novo registro apareceu, levando os cientistas a acreditar que sua população era pequena.

Continua depois da publicidade

Rápidas e maiores que elefantes: conheça as preguiças gigantes com peso 57 vezes maior que as comuns

Quem são os anfípodes?

Anfípodes formam uma ordem com mais de 10.000 espécies de pequenos crustáceos. Nela, encontramos animais bem conhecidos como lagostas, camarões e até mesmo o tatuzinho-de-jardim que você vê no quintal. O Allicella gigantea é um membro impressionante desse grupo.

Clique e participe do canal do Hora no WhatsApp

Continua depois da publicidade

A pesquisa que mudou tudo

O novo estudo, publicado na revista Royal Society Open Science, se destaca por analisar 195 registros e o DNA desse crustáceo gigante. Os dados foram coletados em 75 locais diferentes nos Oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, oferecendo uma visão global inédita da espécie.

Com uma análise detalhada do DNA mitocondrial e nuclear, além de todos os registros de avistamento, os pesquisadores conseguiram mapear a distribuição da espécie no mundo e sua história evolutiva, fornecendo dados sólidos para suas conclusões.

Afinal, ele é raro?

A pesquisa estima que o Allicella gigantea habita impressionantes 59% dos oceanos do mundo. Por ocupar uma área geográfica tão grande, os cientistas agora acreditam que sua população é significativamente maior do que se pensava inicialmente, desafiando a percepção de raridade.

Assim, há um conjunto crescente de evidências mostrando que o gigantea não é tão raro quanto se imaginava por décadas. Mesmo com uma densidade populacional talvez menor que a de outros anfípodes, sua presença em mais da metade dos oceanos o torna um habitante notável das profundezas.

Leia também

Com 1,5 cm e veneno potente, sapo raro vive no Brasil

Pedras de boi: o que são e por que elas valem milhões?

O truque sonoro da cascavel: como ela engana até os ouvidos humanos