Após os ataques e o bombardeio feitos por Israel no Líbano desde a semana passada, o governo brasileiro acompanha de perto a escalada de violência do conflito e já estuda a possibilidade de resgate de brasileiros que estão no país do Oriente Médio. As informações são do g1.
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Embora os aeroportos do Líbano ainda estejam abertos, diplomatas consultados pela TV Globo, o Palácio do Planalto e o Itamaraty confirmam que já debatem um resgate de brasileiros no Líbano.
Enquanto isso, a própria população local lota estradas para fugir do conflito. Após uma manhã de bombardeios no país e alertas de evacuação recebidos por telefone e mensagens de texto, libaneses estão correndo para buscar áreas seguras.
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Israel bombardeia alvos em muitas partes do Líbano, atingindo militantes do alto escalão do Hezbollah em Beirute e membros do grupo extremista por meio de bombas escondidas em pagers e walkie-talkies.
Por sua vez, o Hezbollah dispara foguetes e drones para o norte de Israel, incendiando prédios e carros.
Orientação para deixar o país
Por enquanto, a embaixada do Brasil no Líbano apenas orienta que os brasileiros deixem a região. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU, há instruções para a embaixada do Brasil no Líbano iniciar o processo de consultas na comunidade brasileira sobre pessoas que eventualmente precisem de apoio para deixar o país.
Ou seja, o Brasil vai começar a levantar a lista de quem deseja sair, para poder planejar o resgate. O que ainda não significa que a operação vá acontecer, mas essa é uma medida preliminar necessária para que aconteça, caso seja necessário.
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Maior ataque desde 2006
O bombardeio desta segunda-feira (23) foi o maior ataque de Israel ao Líbano desde 2006. Naquela época, o Itamaraty realizou uma operação de resgate de mais de 800 brasileiros, pelo Líbano e pela Síria, durante o primeiro mandato do presidente Lula. Na ocasião, o país também havia sofrido ataques de Israel.
Agora, o Itamaraty estuda a situação com o novo cenário de segurança na região, e o avalia como complexo. “Caso seja necessário, saberemos adaptar a operação a essas circunstâncias mais difíceis de hoje em dia”, avaliou um diplomata envolvido nas conversas, ainda em estágio de preparo.
“É cedo para dizer se precisaremos agir, mas temos de estar preparados”, completou.
No fim do ano passado, mais de 1.500 brasileiros foram repatriados da zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, especialmente quem estava na Faixa de Gaza. Foram 11 voos coordenados pelo governo brasileiro.
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