Depois de quatro meses seguidos de retração, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses subiu 0,7% no mês de outubro. O indicador mostra um comportamento oposto ao cenário nacional, em que houve queda de 0,5%, para 101 pontos.
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Os dados são da pesquisa mensal da Fecomércio SC, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento mostrou que o indicador atingiu 102,8 pontos neste mês, o que demonstra uma leve retomada na confiança dos consumidores.
O presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, afirma que cinco dos sete subindicadores do índice cresceram, o que impulsionou o índice geral. São eles: emprego, renda, nível de consumo, acesso ao crédito e perspectiva de consumo. O nível de consumo teve o maior destaque, crescendo 2,6%, embora ainda permaneça em zona de insatisfação (97,5 pontos).
— É uma boa notícia ver o índice voltar a crescer após quatro quedas consecutivas. Já esperávamos que o segundo semestre seria um pouco mais difícil, pois a economia ainda sente os efeitos dos juros altos por tanto tempo. Vamos aguardar para ver como serão os próximos meses. A inflação está em queda, o que pode levar a uma redução dos juros no início do próximo ano — afirmou Dagnoni.
A satisfação com o emprego segue em um patamar alto, de 116 pontos, e subiu 1,2%, o que mostra estabilidade no mercado de trabalho. O estudo aponta que 35,8% das famílias se sentem mais seguras em relação aos seus empregos.
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A satisfação com a renda cresceu pouco, 0,8%, com 33,6% das famílias afirmando que sua situação financeira melhorou. Já o acesso ao crédito aumentou 1,5%, porém segue abaixo da linha de satisfação (99,6 pontos).
Por outro lado, o ponto fraco da pesquisa é o momento para compra de bens duráveis, como veículos e computadores, com 68,3 pontos, sendo que 59,9% das famílias consideram o período desfavorável. Houve um recuo de 1,6% na satisfação com esse tipo de compra, o que mostra a dificuldade para o consumo de itens de maior valor, por conta dos altos juros e pela cautela financeira das famílias.