O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de Lausanne confirmou, nesta segunda-feira, que reduziu de seis para quatro anos a suspensão imposta pela Fifa contra o francês Michel Platini. Após a decisão, segundo um comunicado, o ex-jogador anunciou a sua renúncia à presidência da Uefa para “continuar o combate nos tribunais suíços”.

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Os advogados do francês haviam indicado um pouco antes que ele apresentaria a renúncia “por ocasião do próximo congresso da entidade”. De acordo com a nota, Platini considerou a decisão do TAS uma “profunda injustiça”.

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O TAS reconheceu a “validade” do contrato verbal que ligava a Fifa e Platini, mas “não está convencido da legitimidade” do pagamento de 1,8 milhão de euros ao francês, em 2011, por um trabalho de assessoria a Joseph Blatter, então presidente da Fifa. O tribunal também reduziu de 80 mil para 60 mil francos suíços (72 mil a 54 mil euros) a multa determinada pela Fifa contra o ex-jogador francês.

Blatter, o primeiro mentor e depois inimigo de Platini, recebeu a informação da decisão, mas não fez comentários. A Federação Francesa de Futebol (FFF), por sua vez, reagiu ao anúncio do TAS com um comunicado no qual destaca o papel de Platini como “um homem que sempre trabalhou a favor do futebol”.

No dia 21 de dezembro, o ídolo francês havia sido suspenso por oito anos pela justiça interna da Fifa, pena que foi reduzida para seis anos em fevereiro, após um primeiro recurso.

Blatter também foi investigado pela justiça suíça por conta do polêmico pagamento a Platini, assim como por um contrato de direitos de TV, supostamente muito abaixo do preço do mercado, em detrimento da Fifa. O francês prestou depoimento neste caso na qualidade de testemunha assistida.

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Platini compareceu ao TAS em 29 de abril e falou durante quase oito horas para apresentar suas explicações aos três árbitros responsáveis por definir a sua suspensão.

À espera do veredicto do TAS, a Uefa não designou formalmente um presidente interino no comitê executivo de 3 de maio, mas decidiu que estudaria a situação sobre o caso Platini em 18 de maio, durante um comitê executivo extraordinário na Basileia (Suíça), por ocasião da final da Liga Europa.

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